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Geral Saiba quem é Chico Rodrigues, senador flagrado com dinheiro na cueca (e a favor do garimpo) que vai presidir comissão da crise Yanomami

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Eleito senador por Roraima em 2018, ele ficou em evidência nacional após ser flagrado com R$ 33 mil na cueca em outubro de 2020. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O senador Chico Rodrigues (PSB) foi eleito na quarta-feira (15) como presidente da Comissão Temporária Externa para acompanhar a situação dos Yanomami no Senado. Eleito senador por Roraima em 2018, ele ficou em evidência nacional após ser flagrado com R$ 33 mil na cueca em outubro de 2020.

Além dele, Dr. Hiran (PP) e Mecias de Jesus (Republicanos), ambos senadores por Roraima, Elizane Gama (PSD), do Maranhão e Humberto Costa (PT) de Pernambuco também integram a comissão. O grupo deve acompanhar in loco a saída dos garimpeiros das terras Yanomami no prazo de 120 dias.

No entanto, a disputa pelos três cargos-chave da comissão externa para apurar a crise gerou embate entre os senadores de Roraima e governistas. Os três senadores de Roraima tentaram concentrar na bancada o comando da comissão.

Maior território indígena do Brasil, a Terra Yanomami passa por uma grave crise humanitária e sanitária em que dezenas de adultos e crianças sofrem com desnutrição grave e malária devido ao avanço do garimpo ilegal.

No ano passado, Chico integrou a Comissão que apurava violências contra indígenas praticadas por garimpeiros na Terra Yanomami. O parlamentar chegou a declarar ser favorável ao garimpo e da legalização da atividade em terras indígenas.

Ainda em 2020, à época em que foi flagrado com dinheiro na cueca, a Polícia Federal apreendeu uma pedra que suspeitava ser uma pepita de ouro.

Antes de se filiar no PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, Chico estava filiado no União Brasil e foi vice-líder do ex-presidente Jair Bolsonaro no Senado. Com uma extensa vida política, o senador esteve em 12 partidos desde 1987.

Quem é Chico Rodrigues

Francisco de Assis Rodrigues, de 71 anos, nasceu em Recife. É casado e pai de três filhos. Engenheiro agrônomo, graduado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), com especialização em políticas públicas pela Universidade Católica de Pernambuco (UCP) e desenvolvimento rural e urbano, vive em Roraima desde 1982.

Antes de ser eleito senador em 2018, ele foi secretário estadual de Agricultura, vereador por Boa Vista e deputado federal por cinco mandatos consecutivos. Em 2010, foi eleito vice-governador de Roraima. No dia 4 de abril de 2014, ele assumiu o governo do estado, após o governador Anchieta pedir afastamento.

Dinheiro na cueca

O senador Chico Rodrigues foi flagrado pela Polícia Federal em outubro de 2020 com R$ 33 mil na cueca. O dinheiro foi encontrado no cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do parlamentar durante uma operação para apurar um suposto esquema criminoso de desvio de recursos públicos para o combate à Covid-19 em Roraima.

Segundo um relatório da PF, Rodrigues vestia short de pijama azul e uma camisa amarela quando os policiais da operação Desvid-19 chegaram à residência dele. O documento cita que o senador “insistentemente, ocultava valores em suas vestes íntimas”.

Durante as buscas pessoais, parte do dinheiro foi encontrado “no interior de sua cueca, próximo às suas nádegas”.

Ele atuava como vice-líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado desde março de 2019. Porém, com a repercussão da investigação, deixou o posto em 15 de outubro de 2020.

À época, Chico negou irregularidades e disse que o dinheiro na cueca seria usado para pagar funcionários. Na semana seguinte, em 20 de outubro, o parlamentar pediu o afastamento do mandato, mas retornou em fevereiro de 2021.

Como o senador possui foro privilegiado, todos os mandados cumpridos pela PF precisaram ser autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O inquérito tramita sob sigilo e está sob a relatoria do ministro Luís Roberto Barroso.

A favor do garimpo

Em 2021, ele afirmou que ia pedir para sua equipe legislativa desenvolver um projeto de lei para a regularização do garimpo em terras indígenas para atender a preocupação dessas populações e também as necessidades sociais dos garimpeiros. Em 2022, ele já defendeu o “garimpo artesanal” e pediu “limites na atuação de fiscais”.

“Esse interesse é interesse nacional, sim, senhor. Preservando os benefícios às comunidades indígenas, mas acima de tudo, incorporando a comunhão nacional esses recursos do subsolo que são do Brasil. É da população brasileira”, afirmou Rodrigues.

Ainda no ano passado, procurado pelo g1, o senador confirmou o posicionamento favorável a legalização do garimpo, mas “preservando a natureza” e tendo cuidado com a cultura dos povos indígenas.

“Sempre de forma responsável garantir, claro, o sustento dessas famílias que são pais e mães trabalhadoras também, por que não? Nós temos que desenvolver Roraima, desenvolver a Amazônia e desenvolver o Brasil e ponto final”, declarou. As informações são do portal de notícias G1.

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