Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2022
Karine Jean-Pierre foi nomeada há uma semana como porta-voz do governo mais poderoso do mundo. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou através de um comunicado que Jean-Pierre será sua assistente e nova secretária de imprensa, cargo ocupado até agora por Jen Psaki. A nova porta-voz é a primeira mulher negra a ocupar o cargo e também a primeira pessoa abertamente gay a fazê-lo, segundo a própria Psaki. “Vai dar voz a muitas pessoas”, disse ele.
Psaki, que liderava uma equipe feminina, deixou a Casa Branca nesta sexta-feira, 13 de maio. A atual porta-voz, de 43 anos, sempre considerou sua posição como algo temporário e vai trabalhar para a rede de televisão CNBC.
Biden disse que a porta-voz de saída restaurou “decência, respeito e decoro” na sala de reuniões da Casa Branca após relações tempestuosas com a imprensa sob o ex-presidente Donald Trump. E ele também deu as boas-vindas a Jean-Pierre em uma declaração:
“Karine não apenas traz a experiência, o talento e a integridade necessários para este trabalho difícil, mas ela continuará liderando a comunicação sobre o trabalho da administração Biden-Harris em nome do povo americano. Jill e eu conhecemos e respeitamos Karine há muito tempo e ela será uma voz forte falando em meu nome e desta administração.”
É um caminho natural. Jean-Pierre era a número dois de Psaki, vice-secretária de imprensa e vice-assistente de Biden. Ela trabalha com o atual presidente desde os dias em que ele foi vice-presidente de Barack Obama, fez parte de sua equipe de campanha nas eleições presidenciais e ingressou na Casa Branca após a vitória eleitoral contra Trump.
Formada pela Columbia University, nascida na Martinica e criada em Nova York, Jean-Pierre, tem experiência como porta-voz, como ativista política e também na mídia. Ela ocupou cargos no governo Obama e, com a vitória de Trump, antes de seu papel na campanha de Biden, foi chefe de assuntos públicos da MoveOn.org e analista política da NBC e MSNBC.
Jean-Pierre enfrentará agora o rito da coletiva de imprensa diária da Casa Branca, algo pelo qual já deu seus primeiros passos quando teve de substituir Psaki. Também o fará com o desafio de tentar levar as mensagens da Casa Branca ao eleitorado apenas seis meses antes das eleições de meio de mandato, nas quais um terço do Senado e toda a Câmara dos Deputados são renovados. Nos democratas, há medo de que ambas as Câmaras fiquem sob controle republicano.
A nova porta-voz já se pronunciou na coletiva de imprensa da última quinta-feira e, quando questionada sobre o caráter histórico de sua nomeação, destacou o quanto é importante para as meninas negras verem exemplos como o dela.
“É realmente uma honra estar aqui hoje. Dou importância a esse momento histórico, de verdade”, destacou. “Entendo o quão importante isso é para tantas pessoas por aí, para tantas comunidades diferentes. Me apoio em seus ombros, como tenho feito ao longo da minha carreira.” As informações são do jornal El País.