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Brasil A saída de Rodrigo Janot da Procuradoria-Geral da República gera corrida por delações. Advogados e procuradores temem a interrupção das tratativas

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Procurador fica no cargo até o dia 17 de setembro. (Foto: Lula Marques/ Agência PT)

Na última semana, dois advogados contratados pelo ex-ministro Antonio Palocci para negociar delação premiada com a Operação Lava-Jato se reuniram com procuradores da República, no QG da força-tarefa, em Curitiba (PR). A poucos quilômetros dali, na sede da Polícia Federal, um delegado ouviu, mais uma vez, o depoimento do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Também candidato a delator, o deputado cassado promete revelar fatos comprometedores contra o presidente Michel Temer.

Peças importantes para a Lava-Jato nas apurações do suposto envolvimento de nomes do PT e do PMDB, com foro privilegiado, em crimes de corrupção, os dois candidatos a delator correm contra o relógio para fechar acordo com o Ministério Público Federal, antes da troca de comando na PGR (Procuradoria-Geral da República) – que ocorre em setembro.

Criminalistas e procuradores ouvidos pela reportagem do jornal o Estado de S.Paulo avaliaram que não há garantia para as negociações em andamento de que os termos tratados com a equipe de Rodrigo Janot sejam mantidos com a posse da nova procuradora-geral, Raquel Dodge. Ela foi nomeada por Temer – denunciado à Justiça, após a delação do Grupo J&F – para o cargo na semana passada, após sabatina no Senado.

Além de políticos – núcleo que tem o menor porcentual de colaboradores, entre os 158 –, estão na fila de candidatos a delator operadores, como Adir Assad; agentes públicos, como o ex-diretor da Petrobras Renato Duque; e executivos de empreiteiras como OAS, Engevix, Queiroz Galvão, Mendes Júnior e EIT.

Temos uma corrida contra o relógio porque ele (Janot) só fica até o dia 17 de setembro”, afirmou o criminalista Marcelo Leonardo, que representa a empresa Mendes Júnior.

Advogado de pelo menos dez delatores da Lava-Jato, o criminalista Antonio Figueiredo Basto, defensor de Duque, também vê um cenário incerto. “Existe um risco de descontinuidade, em razão de serem pessoas diferentes, que têm uma percepção diferente do trabalho que foi realizado até hoje”, disse. “Agora, existe uma questão importante que é a segurança jurídica. Não pode haver mudanças, porque ninguém pode ficar à mercê da boa ou má vontade do Ministério Público em fazer ou não um acordo.”

 

 

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