Terça-feira, 25 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de novembro de 2025
O quarto é formado por uma sala com mesa, cadeira e cama de solteiro e um banheiro privativo
Foto: ReproduçãoO presidente Jair Bolsonaro seguirá preso na superintendência da PF (Polícia Federal) em Brasília, onde está detido desde o último sábado (22). Nesta terça-feira (25), as condenações do “núcleo crucial do golpe” se tornaram definitivas no STF (Supremo Tribunal Federal). Com isso, o ministro relator Alexandre de Moraes determinou o início do cumprimento das penas.
No caso de Bolsonaro, a pena é de 27 anos e 3 meses de prisão em regime inicial fechado. Ele foi enquadrado pela Procuradoria-Geral da República como o líder da tentativa de golpe em 2022.
Enquanto permanecer por lá, Bolsonaro deve ficar em uma sala de Estado – espaço reservado para autoridades como presidentes da República e outras altas figuras públicas.
O quarto é formado por uma sala com mesa, cadeira e cama de solteiro e um banheiro privativo. O espaço tem ar-condicionado, televisão, janela, armário e um frigobar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Michel Temer, quando detidos, também ficaram em salas de Estado Maior da Polícia Federal – em Curitiba (PR) e São Paulo, respectivamente.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma trama golpista na tentativa de permanecer no poder, apesar da derrota nas urnas em 2022. Ele estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, acusado pela Justiça de atrapalhar as investigações em um outro inquérito. No sábado, a prisão domiciliar foi convertida em preventiva.
Prisão preventiva
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã de sábado (22), em cumprimento a um mandado autorizado pelo Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro foi levado diretamente para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Inclusive, passou por exame de corpo de delito (praxe após uma prisão) no próprio prédio.
De acordo com a decisão assinada por Alexandre de Moraes, a prisão foi determinada após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente, na noite de sexta-feira (21).
Na decisão, Moraes apontou risco de fuga e afirmou que a convocação da vigília “indica a possível tentativa de utilização de apoiadores” de Bolsonaro para “obstruir a fiscalização das medidas cautelares e da prisão domiciliar” da qual o ex-presidente era alvo.