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Esporte Samir Xaud é eleito novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol; parte dos clubes boicota o pleito

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Médico roraimense, de 41 anos, comandará a Confederação Brasileira de Futebol até 2029

Foto: Divulgação/CBF
Médico roraimense, de 41 anos, comandará a Confederação Brasileira de Futebol até 2029. (Foto: Divulgação/CBF)

Samir Xaud é o novo presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O dirigente de Roraima foi confirmado no comando da confederação, na manhã desse domingo (25), após eleição realizada na sede da entidade, no Rio de Janiro. Ele assume imediatamente o cargo e tem mandato até 2029.

Apesar de ser candidato único, Xaud não conseguiu unanimidade de votos – como ocorreu na eleição anterior, que reelegeu Ednaldo Rodrigues. Foram 103 pontos de um total de 141 possíveis. Ao todo, estiveram presentes 26 federações e 20 clubes. O que daria 108 pontos, pois voto de federação tem peso três, de clube da Série A, dois, e da Série B, um.

Oito vice-presidentes também foram eleitos: Ednailson Leite Rozenha, Fernando José Macieira Sarney, Flávio Diz Zveiter, Gustavo Dias Henrique, José Vanildo da Silva, Michelle Ramalho Cardoso, Ricardo Augusto Lobo Gluck Paul e Rubens Renato Angelotti.

Parte dos clubes que tinham declarado apoio a Reinaldo Carneiro Bastos há uma semana boicotou o processo e dispensou, inclusive, a possibilidade de voto online, o que foi proposta pela comissão da eleitoral em dia de rodada do Brasileiro. Cruzeiro, Operário e Santos, por outro lado, furaram o boicote. Bragantino e Ferroviária disseram que viriam e não compareceram. A representação da Federação Paulista também não veio.

Em discurso após ser eleito e na entrevista coletiva, o dirigente elencou que a reorganização do calendário e a implantação do fair play financeiro são prioridades. Ele anunciou que os Estaduais terão 11 datas a partir de 2026 – foram 16 em 2025.

Clubes presentes:
Série A (10): Atlético Mineiro, Bahia, Botafogo, Ceará, Cruzeiro, Grêmio, Palmeiras, Santos, Vasco, Vitória
Série B (10): Amazonas, Athletic, Avaí, CRB, Criciúma, Operário, Paysandu, Remo, Vila Nova, Volta Redonda

“Hoje iniciamos uma nova fase na Confederação Brasileira de Futebol. Nossa gestão, e faço questão de usar o plural, será marcada pela renovação das ideias e pela agregação de todos aqueles dispostos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento pleno do nosso esporte”, disse Xaud, em seu primeiro discurso como mandatário.

“Não cheguei até aqui sozinho. Faço parte de um grupo que se uniu com um único propósito: construir uma nova CBF, moderna, participativa e comprometida com o desenvolvimento da indústria do futebol”, acrescentou.

Além do presidente e os oito vices, a eleição também definiu os novos nomes do Conselho Fiscal. Simon Riemann Costa e Silva, Eduardo Rigotto Netto e Frederico Ferreira Pedrosa serão membros efetivos, enquanto os membros suplentes serão Francinaldo Kennedy Lima Barbosa, Manoel Rodrigues Neto e Rodrigo Ferreira La Rosa.

Xaud assume uma confederação que bateu recorde de arrecadação no ano passado – R$ 1,5 bilhão em receitas –, mas com fraturas políticas.

Há pouco mais de uma semana, a Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF por causa de uma assinatura supostamente falsa do Coronel Antônio Nunes, ex-presidente da entidade, num acordo firmado em janeiro para encerrar disputas jurídicas que mantinham Ednaldo pendurado por liminares.

Cenário de divisão

Xaud arrematou o apoio de 25 federações – apenas São Paulo e Mato Grosso ficaram fora – e dez clubes, o que inviabilizou a criação de uma segunda chapa.

Durante a semana, um grupo com 21 clubes tornou público que boicotaria a eleição em protesto ao sistema que enfraquece o poder desses personagens na escolha do presidente da CBF. Sugeriram diálogo após o pleito, mas se recusaram a participar dele – isso se confirmou, em partes, neste domingo. Isso porque Cruzeiro, Santos e Operário furaram o boicote.

Empossado, caberá a Xaud apresentar nesta segunda-feira, no Rio, o técnico Carlo Ancelotti como novo comandante da Seleção. O italiano era um desejo antigo de Ednaldo, que conseguiu contratá-lo antes de cair – ele tinha a esperança de que fosse, também, um trunfo para se manter no cargo, o que não aconteceu.

Processos e defesas

Samir teve vida pública como secretário estadual de saúde em Roraima e enfrentou algumas denúncias e acusações nos últimos anos. Em 2021, o ge revelou que o então presidente interino da CBF, Ednaldo Rodrigues, contratou a clínica médica de Xaud para atuar naquele estado, o que era proibido pelo estatuto da própria entidade.

Na ocasião, a CBF afirmou que a contratação se deu por pedido da Comissão Médica da entidade nacional e se justificaria pela “escassez de recursos” dos clubes de futebol de Roraima.

Em 2020, Samir foi afastado da função de perito médico do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima por suposto erro médico, o que o novo presidente classificou como “fake news”, em entrevista ao jornal “O Globo”.

Samir também responde a ação judicial movida pelo Ministério Público de Roraima, que o acusava em esquema de falsificação de documentos enquanto era diretor-geral do Hospital Geral de Roraima (HGR), entre 2017 e 2020. Segundo a denúncia do MP local, ele e outros gestores simularam serviços médicos para justificar pagamentos, causando prejuízo de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos.

 

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