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Mundo Sanções dos Estados Unidos contra o Irã entraram em vigor

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Medidas afetarão diretamente as empresas asiáticas ou europeias que continuam comprando petróleo iraniano ou mantêm relações comerciais com bancos iranianos. (Foto: Reprodução)

Entraram em vigor nesta segunda-feira (05) novas sanções dos Estados Unidos contra o Irã, que limitam a exportação de petróleo, seis meses depois de se retirar do acordo nuclear com o país. A maior parte das sanções contra o terceiro exportador mundial de petróleo haviam sido suspensas no início de 2016 depois da assinatura do acordo.

O governo iraniano informou que irá ignorar as medidas, que considera ilegais por terem sido tomadas fora do acordo assinado em 2015. Essas medidas afetarão diretamente as empresas asiáticas ou europeias que continuam comprando petróleo iraniano ou mantêm relações comerciais com bancos iranianos, bloqueando o acesso ao mercado americano.

Os Estados Unidos, no entanto, garantiram isenções temporárias a oito países para continuar importando petróleo bruto do Irã. Acredita-se que China, Índia, Coreia do Sul, Japão e Turquia – todos importantes importadores do petróleo iraniano – estarão entre os oito países que receberão as isenções temporárias para garantir que os preços do petróleo não sejam desestabilizados.

Esse regime de isenção é semelhante ao que os Estados Unidos praticaram entre 2012 e 2015, antes do acordo nuclear de 2015 sob o governo de Barack Obama. Naquela época, a China, a Turquia, a Coreia do Sul, o Japão e Taiwan foram poupados das sanções porque estavam gradualmente reduzindo suas importações de petróleo bruto iraniano. Anos depois, a administração Trump assumiu o mesmo argumento.

As sanções americanas funcionam como uma chantagem contra países terceiros que negociam atualmente com o Irã: empresas asiáticas ou europeias serão banidas do mercado americano se continuarem a importar petróleo iraniano, ou realizar operações com bancos iranianos. Muitos já escolheram ou vão escolher os Estados Unidos.

“Há um grupo de países que já reduziu significativamente suas importações de petróleo e que precisa de um pouco mais de tempo para chegar a zero, e nós daremos esse tempo”, disse o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, em entrevista no domingo ao canal Fox.

O maior mercado para o petróleo iraniano é a China, seguido pela União Europeia, Índia e Turquia. O Japão e a Coreia do Sul praticamente reduziram suas importações a zero. O presidente americano, Donald Trump, quer obter um acordo bilateral com o Irã similar ao negociado com a Coreia do Norte. Ele já deu diversos sinais de que está disposto a se reunir com os dirigentes iranianos. O governo americano impõe 12 condições para assinar um acordo global com o país.

Entre elas, estão restrições mais firmes e duradouras relacionadas ao programa nuclear, o fim da proliferação de mísseis balísticos e das atividades consideradas “desestabilizadoras” de Teerã em países vizinhos. Para obrigar o Irã a cumprir as suas condições, o governo americano pretende impor as sanções “mais fortes da história”. São esperadas novas medidas punitivas nos próximos meses.

A retomada das sanções faz parte de esforços maiores de Donald Trump para forçar o Irã a cortar seus programas nucleares e de mísseis, assim como seu apoio a forças no Iêmen, Síria, Líbano e outras partes do Oriente Médio. Embora as principais grandes empresas estrangeiras tenham optado por abandonar o Irã, o efeito da proibição de exportação do petróleo iraniano ainda é difícil de avaliar.

Irã vai ignorar medidas

Em um discurso na TV, o presidente iraniano, Hassan Rohani, disse que o Irã continuará exportando petróleo e vai ignorar as sanções americanas. “Os americanos querem reduzir a ‘nada’ as vendas de petróleo iraniano, mas nós continuaremos a comercializá-lo”, disse o chefe de Estado.

O Irã disse estar “em contato permanente com os signatários do acordo de Viena”, assinado em julho de 2015, sobre seu programa nuclear. O país foi autorizado a desenvolver a energia nuclear para fins civis. Rohani diz que a adoção de um mecanismo que permitirá dar continuidade ao comércio com a UE “levará tempo”. “Eu anuncio que vamos contornar com orgulho suas sanções ilegais e injustas, uma vez que elas são contrárias ao direito internacional”, garantiu o presidente Rohani.

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https://www.osul.com.br/sancoes-dos-estados-unidos-contra-o-ira-entraram-em-vigor/ Sanções dos Estados Unidos contra o Irã entraram em vigor 2018-11-05
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