Segunda-feira, 13 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de janeiro de 2020
O presidente Jair Bolsonaro disse no início da noite desta sexta-feira (3), que não vai decidir agora se vai disputar nova eleição presidencial em 2022. “Se eu estiver bem lá na frente, vejo se vou partir para a reeleição ou não”, afirmou em entrevista à Band TV.
Bolsonaro disse que quem governa preocupado com reeleição acaba querendo “agradar todo mundo” e este é “caminho do insucesso”.
O presidente afirmou ainda que sempre pede ao povo que veja para onde outros presidentes estavam levando o Brasil e disse que “90% do que quer” para o País depende do Parlamento, do “deputado que cada um votou”.
“Não posso governar de costas para o Parlamento, vou para o diálogo”, afirmou na entrevista.
Chapa com Moro
Recentemente, O presidente Jair Bolsonaro admitiu a possibilidade de formar uma chapa com o ministro da Justiça, Sergio Moro, para tentar a reeleição em 2022. Duas semanas depois de afirmar que “por enquanto estava casado, sem amante” com seu vice, general Hamilton Mourão, Bolsonaro disse, em entrevista à revista “Veja”, que a confirmação da parceria para as próximas eleições vai depender do ex-juiz. “Tem de ver se ele quer”.
O presidente ainda falou sobre a suspeita de que houve uma “mão” de um ex-aliado no atentado sofrido durante a campanha e das rusgas com o governador do Rio, Wilson Witzel.
“Nós somos Zero Um e Zero Dois. Tem de ver se ele (Moro) quer. Nunca entrei em detalhes com ele sobre esse assunto. Mas seria uma chapa imbatível”, afirma.
Para Bolsonaro, no entanto, é cedo demais para discutir o assunto e poderia “causar ciúme”.
Você daria um sinal de que não está satisfeito com o Mourão, e da minha parte está tudo tranquilo com o Mourão. O Moro não tinha uma vivência política. A cabeça dele enquanto juiz pensava assim: ‘Se eu fosse presidente, faria isso’. Agora ele conhece a realidade”, completa.
À “Veja”, Bolsonaro afirmou que tem Wilson Witzel como seu principal inimigo. De acordo com ele, o governador do Rio usa a Polícia Civil para tentar envolver ele e seus filhos no crime organizado.
“O governador botou na cabeça que vai ser presidente e tem de me destruir. Depois da história do porteiro e das buscas na casa da minha ex-mulher, ele está preparando uma nova armação. Já sei que eles pegaram dois milicianos, sei lá quem, conversando e a Polícia Civil gravando. Tem vários diálogos falando que no passado eu participava das milícias, pegava dinheiro, e agora, presidente, não participo mais”, papo de vagabundo.
Bolsonaro disse que recebe qualquer governador, menos Witzel.
“Recebo qualquer um dos governadores na hora que eles quiserem. O Witzel não. Se ele quiser falar comigo, vai ter de protocolar o pedido de audiência e dizer antes qual é o assunto.”