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Por Redação O Sul | 31 de agosto de 2016
Caso a presidenta Dilma Rousseff sofra o processo de impeachment nesta quarta-feira, a efetivação de Michel Temer na Presidência da República deverá repetir o mesmo formato da cerimônia de posse do então vice-presidente Itamar Franco (falecido em 2011), que assumiu o governo após a renúncia do titular Fernando Collor em 1992.
A solenidade deve durar meia hora. O peemedebista já convidou ministros e auxiliares para acompanhá-lo ao Senado, onde fará um juramento à Constituição, antes de ser declarado empossado pelo presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Protocolo
Pelo protocolo definido pelo Planalto, Temer chegará ao Senado antes do horário oficial da cerimônia e aguardará no gabinete presidencial. Calheiros abrirá a sessão e pedirá que líderes aliados busquem o novo presidente.
Como Temer pretende viajar horas depois para a China, onde participará de encontro de cúpula do G20, não deve haver sessão oficial de cumprimentos.
Temer já definiu os seus primeiros passos como presidente da República em definitivo, caso a votação desta quarta-feira no Senado confirme o impeachment. Após a cerimônia de posse no Congresso Nacional, o peemedebista pretende fazer uma reunião ministerial para dar a orientação geral sobre como será o seu governo.
Em seguida, deve convocar para a noite um pronunciamento nacional em rádio e TV, antes da viagem internacional.
Tratativas
Temer dedicou a terça-feira a reuniões com a sua equipe de governo e a tratativas relativas à votação do impeachment. Ele ligou para diversos senadores, a fim de garantir o afastamento da petista. Segundo fontes do Palácio do Planalto, o presidente interino estima que o placar da votação deve registrar ao menos 60 votos pró-impeachment, seis a mais que o necessário. (Folhapress)