Quinta-feira, 05 de junho de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
17°
Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Carlos Roberto Schwartsmann Se o doutor não lhe tocar, troque de médico

Compartilhe esta notícia:

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Atualmente é muito comum o médico atender atrás da mesa e ao lado do computador.

As vezes não há mais maca de exame clínico. A necessidade de teclar, muitas vezes faz com que a conversa seja indireta. Não há mais “olho no olho”.

Entretanto, por mais avançada que seja a tecnologia médica acessória, o ato médico possui como bases fundamentais, para o correto diagnóstico: a anamnese e o exame físico.

Na primeira, na história clínica, o paciente deve responder uma tríade secular em relação a sua queixa principal! Quando começou?! Onde começou?! Como começou?! Ainda: existem relatos de outras doenças, outras cirurgias?

Na família existem casos semelhantes?! Que medicações o senhor está tomando? Relato de episódios alérgicos?! Restrições medicamentosas?! Qual é o suporte familiar!

As dezenas de informações tem como objetivo oferecer dados para hipotetizarem diagnósticos.

O exame físico é baseado em 4 pilares: a inspeção, a palpação, a ausculta e a percussão.

A inspeção pode ser estática ou dinâmica. É realizada sem tocar no paciente: observamos manchas, edema nas pernas, cicatrizes, dismetria dos membros, etc.

Nos outros itens subsequentes do exame clínico, principalmente na palpação é necessário tocar no paciente. Existe necessidade de avaliar o tônus muscular, a mobilidade articular. Tamanho do fígado e do baço. Toque retal, toque vaginal! O toque é necessário para avaliar pulsos periféricos e testar reflexos. Se o local está mais quente ou se o membro está mais frio. Reproduzir e exacerbar o nosso alarme divino que é a dor. Isto exacerba a dor?!?!

Existem na medicina centenas de sinais e manobras semióticas!

O toque além de ser uma exigência técnica é uma forma de comunicação que transmite afeto, carinho e acolhimento. Tem o poder de humanizar mais a relação médico-paciente criando vínculos mais fortes de empatia e confiança. Pesquisas mostram que os pacientes gostam de serem examinados.

A pior frase que o médico pode ouvir na vigência de um tratamento não satisfatório é: “Dr, O senhor só me pediu exames, nem me tocou”!

Portanto, um conselho: se o médico não lhe tocar, troque de médico!!

(Carlos Roberto Schwartsmann – Médico e Professor universitário – schwartsmann@gmail.com)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Carlos Roberto Schwartsmann

Deputado sugere possibilidade de “mandato remoto” na Câmara para beneficiar Eduardo Bolsonaro nos EUA
Ex-ministro do Trabalho, deputado Ronaldo Nogueira propõe mudanças administrativas para tirar o país da crise
https://www.osul.com.br/se-o-doutor-nao-lhe-tocar-troque-de-medico/ Se o doutor não lhe tocar, troque de médico 2025-06-04
Deixe seu comentário
Pode te interessar

Carlos Roberto Schwartsmann Sempre leve a gravata!

Carlos Roberto Schwartsmann A educação vergonhosa e despedaçada

Carlos Roberto Schwartsmann Moto: uma tragédia brasileira