Terça-feira, 16 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de janeiro de 2016
O secretário de estado norte-americano, John Kerry, aproveitou seu discurso, na sexta-feira, no Fórum de Davos (Suíça), para um sermão contra a corrupção, que, pelas suas contas, causa perdas de 1 trilhão de dólares (4,14 trilhões de reais) – pela cotação atual do dólar, portanto, quase o tamanho da economia brasileira (em 2014, o PIB – Produto Interno Bruto – do País foi de cerca de 5,5 trilhões de reais).
Para uma plateia de empresários – necessariamente o outro lado de esquemas de corrupção envolvendo o poder público –, Kerry chegou a colocar a corrupção como uma prioridade de segurança nacional. O secretário lembrou que a corrupção não é problema novo, mas acrescentou: “Está crescendo a um ritmo alarmante e ameaça o crescimento e a estabilidade globais”.
Em nenhum momento citou a Petrobras ou qualquer outro esquema de corrupção no mundo. Para ele, a corrupção funciona como ferramenta de recrutamento para grupos terroristas.
O sermão anticorrupção contrastou com o tom extremamente otimista com que ele tentou desmontar o que chamou de sensação de que se vive em um Titanic global. É uma alusão à coleção de cenas dramáticas exibidas em 2015, desde a criança síria encontrada afogada em uma praia da Turquia até as ruínas de aglomeração urbanas devastadas por guerras. “O mundo não está congelado em um pesadelo”, afirmou. (Folhapress)