Sábado, 25 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2018
Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço médio da gasolina comum caiu em Porto Alegre. Na última semana, o litro ficou em R$ 4,761.
A pesquisa da semana anterior da ANP apontou preço médio de R$ 4,855 na Capital. O que significa uma redução de quase R$ 0,10. Nas distribuidoras, a diminuição não chegou a R$ 0,02.
O levantamento feito pela ANP considera 39 postos de Porto Alegre e tinha registrado elevação nas duas pesquisas anteriores. Sendo que o último aumento foi de R$ 0,15.
Já na média do Rio Grande do Sul, também houve uma queda no preço cobrado nos postos de combustível. A redução, no entanto, foi menor, de R$ 0,03. Passou de R$ 4,785 para R$ 4,752. O aumento anterior tinha sido de R$ 0,04.
Consulta pública
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deverá colocar em consulta pública, em cerca de 30 dias, uma minuta de resolução que pretende dar maior transparência para o setor de combustíveis, e a reguladora ainda descartou estipular uma frequência para os reajustes dos preços de diesel e gasolina.
O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, disse a jornalistas nesta quinta-feira que a agência buscará na minuta que fornecedores do mercado, como a Petrobras, publiquem preços praticados por pontos de venda e não a média nacional, método atualmente praticado pela petroleira estatal.
Oddone calcula que a resolução já poderá entrar em vigor em cerca de 60 dias e preferiu não entrar em detalhes sobre as novas regras, que são uma resposta à paralisação histórica de caminhoneiros de 11 dias em maio, que causou grandes prejuízos à economia brasileira.
“As empresas não devem instituir periodicidade fixa para reajustes dos seus combustíveis. Isso quer dizer que as empresas permanecem livres para formar seus preços, as políticas de preços são questões internas das companhias”, disse
Uma previsibilidade sobre o reajuste do diesel foi uma das principais bandeiras dos caminhoneiros, que protestaram contra o preço elevado do combustível e o impacto negativo disso na sua atividade.
Contudo, a busca por maior transparência a partir da resolução, na avaliação da agência reguladora, permitirá um crescimento de investimentos em refino de petróleo no país e maior concorrência, beneficiando consumidores.
“Quanto maior transparência houver na formação de preços, mais interesses vamos ter no mercado brasileiro. Tendo mais atores competindo no mercado brasileiro, haverá uma tendência de preços mais competitivos”, afirmou Oddone.
Outra regra que deverá constar na minuta de resolução é que as empresas não poderão publicar anteriormente o preço que será praticado no futuro. Atualmente, a Petrobras publica no dia anterior o valor médio que será praticado no dia seguinte nas suas refinarias.