Por Redação O Sul | 3 de junho de 2025
O esboço do time que Carlo Ancelotti levou a campo em seu primeiro treino com a Seleção Brasileira aponta que o treinador italiano vai fechar a “casinha”. O time com onze jogadores de linha testado nessa terça-feira (3), em Itaquera, mostra tendência a presença de três zagueiros e dois volantes: Vanderson, Danilo, Marquinhos, Alexsandro e Alex Sandro; Casemiro, Andreas, Andrey, Estêvão; Vini Jr. e Richarlison – um vai sobrar.
Formato semelhante
Lembrando que Raphinha, suspenso, está fora deste jogo. O formato é semelhante ao da Seleção Brasileira, campeã em 2002, utilizado por Luiz Felipe Scolari, técnico com quem Ancelotti trocou impressões sobre a vulnerabilidade do time, tanto nas Eliminatórias de 2001 como nessa. Naquela oportunidade, Felipão só ajustou a seleção quando se decidiu apostar numa zaga com três zagueiros (Roque Jr, Anderson Polga e Lúcio) e dois volantes (Gilberto Silva e Kleberson).
Conquista do tetra
Carlos Alberto Parreira fez algo parecido na conquista do tetra, em 1994, nos Estados Unidos. Só que manteve a defesa com dois zagueiros, optando por preencher o meio-campo com dois jogadores que fechavam os corredores laterais (Mazinho e Zinho) e uma dupla de volantes (Dunga e Mauro Silva) que protegia a linha defensiva sem se desconectar de Bebeto e Romário. Os dois atacantes não tinham a obrigação de recompor o sistema defensivo – embora, por vezes, o fizesse.
Sistema foi criticado
O sistema foi bastante criticado à época, com acusações a Parreira de abrir mão do chamado “futebol-arte” por um estilo de jogo pragmático, com fortes influências europeias. O treinador se defendia com a necessidade criar um sistema que liberasse Bebeto e Romário e desse liberdade para as subidas dos laterais, primeiro Jorginho e Leonardo, depois Jorginho e Branco, jogadores que se transformaram em peças estratégicas na fase ofensiva. A isso definiu como “equilíbrio”, termo que depois virou chavão.
Quarto colocado
Este deverá ser, portanto, o desenho da Seleção Brasileira no jogo desta quinta-feira (5), contra o Equador, em Quito. O Brasil é o quarto colocado em seu grupo nas Eliminatórias, com 21 pontos, e uma vitória a deixará à frente dos próprios equatorianos, que têm 23. (Gilmar Ferreira/Jornal Extra)
