Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 31 de outubro de 2018
				Um grupo de militares vinculados ao governo ofereceu ao presidente eleito Jair Bolsonaro a possibilidade dele ocupar, desde já, o Palácio da Alvorada como residência oficial, o que teria desagradado o atual presidente, Michel Temer, que não pretenderia abrir mão do prédio, atualmente utilizado para reuniões políticas de governo. Para integrantes das Forças Armadas, porém, o próximo chefe do Executivo já pode morar no local porque o imóvel está desocupado e, portanto, disponível.
Desde 2016, Michel Temer preferiu permanecer no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente (posição pela qual o emedebista chegou inicialmente à cúpula do Poder Executivo, na chapa de sua então titular Dilma Rousseff, do PT, eleita consecutivamente em 2010 e em 2014 mas que acabou afastada pelo processo de impeachment, dois anos depois).
Opções
Apesar do movimento dos militares, Jair Bolsonaro deve ter à disposição duas opções na capital federal: uma suíte presidencial em um hotel próximo ao Palácio da Alvorada e a Granja do Torto, já disponibilizada por Michel Temer. O deputado também ocupa um apartamento funcional da Câmara dos Deputados.
Embora não deva liberar o Alvorada, a equipe de Temer avalia que há dúvidas sobre o uso de uma suíte de hotel. Para um de seus auxiliares, é importante saber, antes de mais nada, se Bolsonaro terá mesmo interesse em ocupar um hotel. Isto porque uma suíte presidencial implicaria em despesas adicionais, que o governo não teria se a opção recair sobre uma das residências oficiais.
Reuniões
Jair Bolsonaro já antecipou aos seus auxiliares que poderá usar o Alvorada em reuniões do governo de transição, até o mês que vem. Segundo eles, o presidente eleito deve decidir o seu endereço na capital federal na semana que vem, quando retornará a Brasília pela primeira vez desde que conquistou a vitória nas urnas (ele ainda tem mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro, onde reside em uma casa em condomínio na Barra da Tijuca).
O presidente eleito fez campanha prometendo austeridade. Bolsonaro deve retornar a Brasília na próxima terça-feira, quando terá uma rodada de reuniões com chefes de poder e com os comandantes militares, conforme informaram à imprensa duas fontes com acesso à agenda do político do PSL.