Quarta-feira, 08 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de abril de 2020
Mais de 400 mil japoneses podem morrer infectados pelo novo coronavírus caso o governo não tome atitudes rápidas para conter propagação da doença, afirmaram nesta quarta-feira (15) a emissora estatal NHK e outros meios de comunicação local.
Os relatos citam uma projeção não divulgada do Ministério da Saúde que também estimou que cerca de 850 mil pessoas podem precisar de ventiladores. Atualmente, o Japão testa apenas pessoas com sintomas do novo coronavírus.
Um dos primeiros países a registrar casos da doença, o Japão chegou a disseminação relativamente controlada no início de março, segundo os dados oficiais. Porém, coincidentemente após o anúncio do adiamento dos Jogos Olímpicos que deveriam ser realizados neste ano no país, o avanço de contaminações voltou a ganahar força.
Recentemente, o país declarou estado de emergência em Tóquio e outras seis regiões – Kanagawa, Saitama, Chiba, Osaka, Hyogo e Fukuoka – diante do crescimento de casos.
Segundo o primeiro-ministro Shinzo Abe, a medida, que a princípio dura cerca de um mês, dá aos governadores autoridade para recomendar que as pessoas fiquem em casa e as empresas fechem.
Após adiar as Olimpíadas de 2020, programadas para acontecer este ano em Tóquio, especialistas dizem que as autoridades aumentaram os esforços para controlar a pandemia no país, mas temem que as ações possam ocorrer tarde e a demora custe a vida de milhares de pessoas.
O número de casos confirmados de Covid-19 no Japão ultrapassou 8 mil, com ao menos 146 mortes, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.
Formatura
Cerimônias de formatura no Japão têm sido canceladas por causa da pandemia de coronavírus, mas, no início deste mês, estudantes de uma das escolas do país conseguiram participar de uma festa remotamente, por meio de robôs e avatares.
Os robôs, chamados de “Newme” pela criadora ANA Holdings, foram vestidos em trajes de formandos e enviados para a cerimônia da universidade de administração Business Breakthrough, em Tóquio.
“Eu acho que isso é realmente uma experiência nova, receber um diploma em uma área pública enquanto estou em um espaço privado”, disse Kazuki Tamura por meio de seu avatar ao receber o certificado.