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Semeadura de arroz registra 78,5% do previsto no RS

(Foto: Divulgação)

Os produtores orizícolas gaúchos semearam, até esta semana, 78,56% da área prevista. Conforme o levantamento do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz) realizado na quarta-feira (4), 761.407 hectares estão concluídos de um total estimado de 969.192 ha. Os números foram levantados nas seis regionais arrozeiras.

Na comparação com a apuração da semana passada, são 8,19 pontos percentuais a mais no RS, representando uma área de 79,3 mil hectares semeadas em sete dias. Do semeado até o momento, 216.655 hectares estão na chamada fase de emergência, quando a planta começa a emergir, logo após a semeadura, enquanto 455.839 ha encontram-se na fase vegetativa, estágio que dura de três a quatro semanas e vai da germinação da semente aos primeiros sinais da panícula, e 1.220 ha na fase reprodutiva, período entre a diferenciação do primórdio da panícula e a fertilização, que dura em média de três a cinco semanas.

A Zona Sul é a mais adiantada entre as seis regionais, com 98,93% da área semeada (158.565 ha da área prevista de 160.284 ha). Logo após aparece a Fronteira Oeste, com 85,68% (248.234 ha de 289.737 ha). A Campanha, até o momento, está com 77,47% (109.657 ha de 141.540 ha).

Depois vem a Planície Costeira Interna, com 79,97% (112.344 ha de 140.487 ha). A região Central, por sua vez, registra 59,68% da área semeada (77.701 ha de 130.202 ha), enquanto a Planície Costeira Externa está com 51,34% da área estimada já semeada (54.906 ha de 106.942 ha).

Trigo

A última semana iniciou com chuva em algumas regiões do Estado em baixos volumes e distribuição esparsa, o que não dificultou o avanço da colheita do milho, que chega a 78% do total da área implantada com as lavouras da cultura no Rio Grande do Sul. Segundo informativo da Emater/RS-Ascar, nesta quinta-feira (5), na região de Santa Rosa, 93% das áreas já foram colhidas. A produtividade média registra redução de quase 50%. As perdas se acentuaram com a diminuição das chuvas, o que impactou negativamente na produtividade das áreas tardias.

Culturas de verão

A presença de precipitações em algumas regiões do Estado favoreceu a retomada do plantio de soja, que avançou 10% na semana, atingindo 17% da área total estimada. Na região de Bagé, as precipitações repuseram os níveis adequados de umidade do solo, a semeadura se intensificou, chegando a 30% das áreas. Ao longo da semana, o plantio deve se estender às áreas de várzeas onde não foi possível realizar a operação devido ao excesso de umidade. As baixas temperaturas noturnas podem atrasar o processo de emergência. As precipitações que ocorreram esparsas e com volumes variados no Estado permitiram a continuidade dos plantios do milho, que atingiu 75% da área total estimada, mas restringido nas localidades que a umidade do solo permaneceu abaixo do aceitável pelas plantas para germinação.

Olericultura

Na região de Pelotas, a semana foi mais favorável, com precipitações em alguns dias. Os produtores de tomate e pimentão continuam com os transplantes das mudas para as lavouras definitivas. Áreas transplantadas estão com bom desenvolvimento vegetativo. A colheita iniciará final de dezembro. Alface e brócolis com oferta estável; couves e repolho com aumento de oferta. A cenoura implantada está bom desenvolvimento e oferta mais reduzida. O milho verde apresenta bom desenvolvimento. Segue transplante de batata-doce, com boa pega das mudas. Para a mandioca seguem os plantios e preparo das novas áreas de cultivo.

Frutícola

Na região de Soledade, cultura das oliveiras encontra-se na fase de formação das azeitonas. Em Encruzilhada do Sul, em pomares adultos se observa boa produção e de forma uniforme. Se destaca a cultivar Arbequina pela alta produção de azeitonas.

Pastagens

As precipitações que ocorreram na última semana, mesmo que não em grandes volumes, foram suficientes para recompor a umidade do solo. A sequência de dias ensolarados e temperaturas amenas resultaram no desenvolvimento das espécies forrageiras de verão.

Bovinocultura de corte

As chuvas permitiram o rebrote e desenvolvimento das pastagens nativas, principalmente nas regiões mais ao Norte do Estado. Nestas regiões, as pastagens cultivadas de verão ainda não estão prontas para pastoreio, fazendo com que os produtores tenham que suplementar a alimentação dos animais.

Bovinocultura de leite

Apesar da melhora nas condições meteorológicas para o desenvolvimento das pastagens, os produtores seguem suplementando os animais na tentativa de manter os índices produtivos. A chuvas vieram com baixos volumes, não o suficiente para garantir o pleno desenvolvimento dos campos nativos e das pastagens cultivadas de verão, mas considerando o alto custo dos insumos, ainda é mais vantajoso a criação a base de pasto.

Ovinocultura

Os produtores mantêm cordeiros e matrizes nas áreas com melhor disponibilidade de pastagens, como forma garantir que estas categorias cheguem no período de vendas do final do ano em boas condições corporais.

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