Por Carlos Roberto Schwartsmann | 28 de maio de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Um relato marcante a respeito do uso de gravatas, inesquecível, foi feito há muitos anos por um amigo meu paulistano. Homem rico, dono de uma fábrica de plásticos, com mais de 400 funcionários, foi convidado para o casamento da filha de um empregado considerado exemplar.
Após contemporizar o fato com sua esposa, que poderia gerar algum constrangimento entre patrão e empregados, resolveu ir a festa.
A cerimônia foi realizada em um sítio simples próximo a capital. Era verão e escolheu como vestimenta apropriada para ocasião uma calça azul e uma camisa branca.
Relata que chegou religiosamente, como o habitual, no horário. Já no estacionamento e ao abordar o improvisado altar, rodeado de árvores, no meio do campo percebeu que todos os homens convidados estavam de terno e gravata. Contou que, após um calafrio de desconforto por suas inadequadas vestes, venceu a indecisão de voltar para casa e permaneceu na festa. Disse: “Foi a maior vergonha que passei na minha vida. Se ao menos eu tivesse uma gravata!”.
A lição fica: na dúvida, sempre leve uma gravata! Se todos estiverem com uma vestimenta mais esportiva é só arregaçar as mangas e retirar a gravata, colocando a no bolso.
A verdadeira história da origem da gravata é incerta e desconhecida. Há relatos de seu uso por oradores romanos que desejavam aquecer suas gargantas, durante discursos.
Entretanto, a origem mais difundida é de que mercenários croatas que serviram na França durante a guerra dos 30 anos (1618-1648) usavam lenços coloridos atados ao pescoço. Após o final do evento militar, o uso desse acessório foi adotado pela corte francesa e rapidamente se espalhou pela Europa.
A gravata é um acessório na vestimenta do homem e até da mulher. É um símbolo de austeridade, respeito, confiança, força, seriedade e poder! Socialmente, algumas vezes seu uso é desejável, mas pode ser imperativo ou até obrigatório.
Indiscutivelmente é um toque de elegância e sofisticação.
Na dúvida, na festa, leve sempre uma gravata!
Carlos Roberto Schwartsmann – Médico e professor universitário
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