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Política Senador Antonio Anastasia é escolhido para ocupar vaga no Tribunal de Contas da União; posto é vitalício, tem salário de 37 mil reais, férias de 60 dias e apartamento funcional

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Em seu discurso, Anastasia disse que um ministro do TCU precisa ter a “sensibilidade” para compreender a situação dos gestores. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O Plenário do Senado escolheu, nesta terça-feira (14), o senador Antonio Anastasia (PSD-MG) para ocupar uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU). Anastasia recebeu 52 votos. 19 votos foram para a senadora Kátia Abreu (PP-TO) e sete para o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). A indicação ainda precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados.

A vaga de um ministro do TCU conta com uma série de atrativos e privilégios. O posto garante um salário bruto de R$ 37.328,65. Outras vantagens do cargo são o direito a 60 dias de férias por ano (enquanto trabalhadores com carteira assinada têm só mês de férias) e a possibilidade de usar um apartamento funcional em Brasília. Fora isso, a remuneração bruta pode aumentar com o acréscimo de auxílios relacionados à saúde e alimentação.

Assim como outros ministros de tribunais superiores, os representantes do TCU não têm mandato e ficam na função até completarem 75 anos. No caso de Anastasia, isso significa que ele deverá ficar por 15 anos como ministro.

Anastasia substituirá o ministro Raimundo Carreiro, que foi aprovado em novembro para o cargo de embaixador do Brasil em Portugal. Como Carreiro havia sido uma indicação do Senado, a vaga deve ser preenchida pela mesma origem.

Ao discursar para os colegas antes da votação, Antonio Anastasia defendeu que um ministro do TCU precisa ter como atributos não apenas o conhecimento técnico sobre as contas públicas e a legislação aplicada à administração federal, mas também a “sensibilidade” para compreender a situação dos gestores.

“É imprescindível que o ministro, ao exercer o seu trabalho, tenha de fato condições de sopesar, no caso concreto, diante de cada circunstância, de cada processo que lhe é submetido, as circunstâncias adequadas àquele caso.”

Anastasia destacou que o tribunal deve buscar ajudar os gestores e entender as realidades locais. Se não fizer isso, alertou, o TCU corre o risco de empurrá-los para o que chamou de “Código do Fracasso”.

“O gestor, temeroso, receoso do que pode acontecer com a sua decisão, adota uma série de decisões terríveis para a administração. Diz esse código: ‘Em caso de dúvida, abstenha-se; se é urgente, espere; sempre é mais prudente não fazer nada’. Lamentavelmente, estamos sob o pálio das circunstâncias desse Código do Fracasso, porque a nossa gestão pública não está na agenda nacional com absoluta prioridade.”

O senador também afastou a ideia de que o TCU seja um destino para “precoces aposentadorias” e argumentou que o bom ministro não pode ficar “encastelado” em seu gabinete.

Antonio Anastasia está no Senado desde 2015. Foi 1º vice-presidente da Casa, entre 2019 e 2020, e é pela segunda vez, vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em sua vida pública, foi secretário-executivo dos ministérios da Justiça e do Trabalho, vice-governador de Minas Gerais (2007-2010) e governador (2010-2014).

Se sua indicação for aprovada pela Câmara dos Deputados, seu mandato será assumido pelo suplente, Alexandre Silveira de Oliveira. Ex-deputado federal, Silveira é o presidente estadual do PSD em Minas Gerais.

Cumpre ao Congresso Nacional escolher seis dos nove ministros do TCU. Os outros três cabem à Presidência da República, sendo que apenas um é de livre indicação do Planalto; as outras duas vagas são reservadas para auditores do tribunal e procuradores do Ministério Público de Contas. Os outros dois nomes do Senado que estão no TCU hoje são o ex-senador Vital do Rêgo e o ex-consultor-geral Bruno Dantas, ambos indicados em 2014.

O órgão auxilia o Congresso Nacional na tarefa de fiscalização das finanças públicas. Cabe a ele emitir pareceres sobre as contas anuais apresentadas pelo Executivo, conduzir diligências e auditorias requeridas pelos parlamentares e prestar informações solicitadas pelas Casas ou pelas suas comissões. As informações são da Agência Senado e do jornal O Estado de S. Paulo.

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