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Mundo Senadora que amamentou no Parlamento da Austrália renuncia por ter dupla cidadania

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Larissa Waters fez história ao amamentar filha no Parlamento. (Foto: Reprodução)

A senadora australiana que marcou a história ao amamentar a filha no Parlamento renunciou nesta terça-feira depois de descobrir que é canadense. Larissa Waters, de 40 anos, só soube da dupla nacionalidade depois que o senador e correligionário de Partido Verde Scott Ludlam também entregou o cargo ao ser informado que é cidadão neozelandês. A Constituição da Austrália obriga que os legisladores federais tenham apenas o registro nacional do país e abram mão de documentos estrangeiros antes de concorrer ao ofício público.

Em maio, a ex-senadora havia ganhado as manchetes mundiais por se tornar a primeira mulher a amamentar a filha em sua cadeira na câmara alta da Austrália, durante a discussão de um projeto legislativo. Larissa nasceu no Canadá e se mudou com os pais australianos aos 11 meses de idade. Os pais a haviam contado que ela tinha até 21 anos para requerer os papéis canadenses. Preferiu não entrar com o pedido e nunca mais foi ao país natal. Descobriu apenas essa semana que o processo era diferente: o mero nascimento a tornava cidadã nacional.

A ex-congressista defendeu que não sabia da dupla cidadania e classificou o engano como um “erro honesto”. “Eu estou devastada em saber que, por conta de leis canadenses de 70 atrás, eu me tornei dupla cidadã pelo nascimento. Essa lei mudou uma semana depois de eu nascer e requeria que eu tivesse ativamente renunciado à cidadania canadense”, destacou uma das mais populares representantes da bancada verde.

Como o colega Ludlam, Larissa frisou que vai assumir “toda a responsabilidade” pela infração, que, na prática, a tornava inelegível desde o nascimento. “Tudo isso ocorreu antes de eu poder falar a minha primeira palavra”, lamentou a ex-senadora, eleita pela primeira vez em 2011. Não está claro, segundo o diário britânico “BBC”, se Larissa e Ludlam precisarão reembolsar os cofres públicos da Austrália com os salários e benefícios dos cargos que não poderiam ter ocupado.

“Certamente é algo que pode acontecer, e eu vou encarar se acontecer”, reconheceu ela. O líder do Partido Verde, Richard Di Natale, lamentou as repentinas duas baixas na legenda. O posto dos ex-congressistas pode ficar vazio por meses até que novos representantes tomem posse. Di Natale destacou que vai tomar providências para evitar futuros casos semelhantes. “Tem sido um mês terrível”, lamentou.

Amamentação

A senadora australiana Larissa Waters foi a primeira política a amamentar no plenário do Parlamento da Austrália. Waters, do Partido Verde, amamentou a filha Alia Joy, de dois meses, durante uma votação.

No ano passado, a Câmara dos Deputados se juntou ao Senado da Austrália, que permitia a amamentação na Casa desde 2003 – mas nenhum dos parlamentares havia amamentado no plenário.

A Câmara tomou a decisão no ano passado após a polêmica em torno do caso de uma deputada e ministra de governo, Kelly O’Dwyer, instruída a ordenhar leite materno para não perder compromissos parlamentares.

No Brasil, a deputada Manuela D´Ávilla, do Partido do Comunista do Brasil do Rio Grande do Sul (PCdoB/RS), recebeu críticas e acabou protagonizando uma importante discussão sobre maternidade e os direitos das mulheres ao amamentar sua filha Laura, então com 11 meses, durante um debate em meados de 2016, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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https://www.osul.com.br/senadora-australiana-renuncia-ao-cargo-ao-descobrir-que-e-canadense/ Senadora que amamentou no Parlamento da Austrália renuncia por ter dupla cidadania 2017-07-18
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