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Política Senadora bate-boca com relator da CPMI do INSS: “É assim que trata mulher?”

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Durante a oitiva do advogado Nelson Willians, Eliziane Gama (foto), interveio diante do silêncio adotado pelo interrogado às perguntas feitas por Alfredo Gaspar. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) protagonizou um bate-boca com o relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), na sessão dessa quinta-feira (18). Durante a oitiva do advogado Nelson Willians, que foi alvo de operação da Polícia Federal sobre desvios no órgão, Eliziane interveio diante do silêncio adotado pelo interrogado às perguntas feitas por Gaspar. Ela questionou a paciência do deputado e disse esperar que ele adotasse o mesmo tom, quando mulheres fossem convocadas a depor. Gaspar mandou Eliziane respeitá-lo, o que foi interpretado como uma “ameaça” pela senadora.

“Não vai ser tigrão para cima de mim, não. É assim que trata mulher?”, questionou.

O relator da CPMI disse que o questionamento feito por Eliziane tinha como pano de fundo um suposto “medo” de a irmã dela, Elisvane Gama, ser convocada para depor na CPMI. Elisvane é superintendente federal da Pesca e Aquicultura do Maranhão. Há suspeitas relacionadas ao aumento no número de pescadores registrados no Maranhão, o que alavancaria os descontos e poderia justificar uma convocação dela. Até o momento, Elisvane não foi alvo de requerimento para depor, nem de operação da Polícia Federal.

“A senhora está com medo da sua irmã ser convocada?”, perguntou Gaspar.

Parlamentares da base governista o acusaram de machismo, enquanto membros da oposição negaram se tratar de uma ameaça. Os microfones chegaram a ser desligados, durante a briga. A sessão voltou após alguns minutos.

Em seu depoimento, o advogado Nelson Willians se negou a assinar um termo no qual se comprometeria a dizer a verdade à CPI que investiga fraudes no instituto, nessa quinta. O escritório dele prestou serviços para o empresário Maurício Camisotti. Willians se recusou a responder a maioria dos questionamentos feitos pelo relator do colegiado, o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), e afirmou que “não tem qualquer relação com as investigações”. Em uma das poucas respostas, admitiu conhecer Camisotti e disse que a PF “não errou” ao fazer as recentes operações para combater as fraudes no INSS.

Wilians conseguiu habeas corpus concedido pelo ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), garantindo a ele o direito de permanecer em silêncio e não prestar depoimento. Apesar disso, ele teve que comparecer à sessão.

Nessa quinta, a CPI do INSS começa a ouvir pessoas ligadas ao empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, mais conhecido como o “Careca do INSS”, apontado como figura central para as fraudes no instituto. Na segunda (15), Careca cancelou a sua participação no colegiado, o que fez com que a CPI reagisse e aprovasse a convocação do filho, da esposa, além de sócios dele. O acordo para aprovação dos requerimentos contou com a anuência de lideranças do governo e da oposição.

Careca e o empresário Maurício Camisotti foram presos na última sexta (12) em ação determinada pelo STF em desdobramento da Operação Sem Desconto, que apura um esquema bilionário de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Investigadores identificaram risco de fuga e indícios de ocultação patrimonial.

Por identificar o risco de fuga de Careca e Camisotti, a CPI já havia aprovado, no início do mês, um requerimento endereçado ao Supremo no qual pedia a prisão preventiva e a quebra de sigilo deles e de outros suspeitos citados em investigações da Polícia Federal. O presidente da CPI, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), precisou pedir à Polícia Legislativa a intimação dos dois presos diante da dificuldade de encontrá-los. (Com informações do jornal O Globo)

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