Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 3 de abril de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Os senadores Jaques Wagner (PT-BA), Álvaro Dias (Pode-PR) e até o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), encaminharam solicitação à área administrativa para esconder as “características identificáveis” nos carrões oficiais, como placa pretas. A assessoria de Dias confirmou o pedido e justifica que o senador do Paraná precisa “transitar com naturalidade”, sem chamar atenção para a placa preta.
Carro é o privilégio
Alvaro Dias alega que não deseja se valer “dos privilégios da placa de autoridade”. Para ele, privilégio não é o carro, é a placa. Ah, bom.
Outra história
A assessoria admitiu que Jaques Wagner fez “consulta” sobre esconder a placa preta, depois disse que o senador usa o próprio carro.
Quem cala…
A presidência do Senado não explicou por que até Davi Alcolumbre, que dispõe de uma frota, quer fingir que os carrões não são oficiais.
Símbolos
O carro oficial é apenas um dos muitos privilégios dos senadores, que no total custam mais de R$ 210 mil por mês aos cidadãos.
Influência de Corrêa no PSB intriga a Lava-Jato
Intriga os meios políticos de Brasília e a força-tarefa da Lava-Jato a forte influência do ex-deputado Pedro Corrêa, ladrão transitado em julgado, no governo de Pernambuco e prefeitura do Recife, controlados pelo PSB. O político preso no Mensalão e na Lava-Jato emplacou vários aliados no governo pernambucano e até três netas na estatal Porto de Suape, que se demitiram após esta coluna revelar o caso.
Ele tem a força
Em nova demonstração de força, o político emplacou a filha e herdeira política Aline Correia para cargo destacado na prefeitura socialista.
Perdeu
Como no caso das netas afortunadas, a ex-deputada filha de Pedro Corrêa perdeu o cargo após a nomeação ter sido tornada pública.
Dudu manda muito
O deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), apontado como eminência parda do governo do PSB, arrumou cargo até para a ex-mulher.
Na marca do pênalti
O líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (PSL-GO), virou problema para Jair Bolsonaro resolver vapt-vupt. “Não tem um líder que converse com ele”, disse Arthur Lira (AL), líder dos 38 deputados do PP.
Não dá mais
Até o correligionário Alexandre Frota (PSL-SP) não esconde aversão ao líder do governo, Vitor Hugo. E não esconde a recomendação para que o presidente o substitua sem demora.
Duplas de peso
Uma grande surpresa na visita de Bolsonaro foi o convite do premiê Netanyahu a Gabriel Medina e Neymar para visitarem Jerusalém. Os dois agradeceram e responderam prontamente: “Israel, estamos indo”.
Pela venda direta
Atravessadores (ou “distribuidores”) de combustíveis que se cuidem: fabricantes de etanol de vários Estados fundaram a Associação de Produtores de Açúcar e Bioenergia, que deve chegar a 50 membros até o fim do ano, segundo o seu presidente, Renato Cunha.
Van Hattem otimista
O deputado Marcel van Hattem (RS), líder do Partido Novo na Câmara, continua otimista sobre a aprovação da reforma da Previdência. Ele percebe nos parlamentares um forte compromisso com o projeto.
Socialismo de direita
Continua sem resposta uma pergunta incômoda: se Adolf Hitler era de direita, por que ele era o principal líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores da Alemanha? Socialista de direita? Então, tá.
Molotov-Ribbentrop
Em 1939, o nazista Adolf Hitler fechou pacto com o soviético Joseph Stalin, para repartir a Polônia. Importa mesmo quem era esquerda ou direita? Importa que ambos foram ditadores genocidas.
Batendo ponto
O ministro Paulo Guedes (Economia) virou figurinha fácil na Câmara, onde esteve nesta terça (2) para discutir o Pacto Federativo, a forma que o governo divide os recursos públicos. Os deputados adoraram.
Pensando bem…
…bater cabeças é o ritmo natural do início de governos, problema é quando isso não acaba.
PODER SEM PUDOR
Viventes da madrugada
Lula conhecia mesmo os companheiros de boemia. Certo dia, ele o então presidente ouviu do deputado Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP) a garantia de que sua candidatura a presidente da Câmara era pra valer, até porque na noite anterior havia fechado um acordo com o deputado Virgílio Guimarães (PT-MG). Lula o interrompeu: “…a que horas vocês fecharam esse acordo?” Fleury contou: “…uma e meia da manhã, presidente”. Leu deu uma risada: “Ah, então foi o Virgílio mesmo!”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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