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Política Sérgio Moro diz que “muita coisa” sobre o governo vai aparecer se as instituições tiverem autonomia

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A ordem era para recolher materiais irregulares de campanha, mas nada chegou a ser apreendido, conforme a defesa de Moro. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos), pré-candidato à Presidência da República, afirmou nesta segunda-feira (14) que se as instituições do país tiverem autonomia “muita coisa vai aparecer”, se referindo a possíveis casos de corrupção no governo Bolsonaro. A declaração foi dada no início da tarde de segunda durante entrevista ao programa “Pânico”, da Jovem Pan.

“Agora, a gente tem um governo que trouxe do lado dele gente envolvida em escândalo de corrupção no passado. Políticos fisiológicos, o ‘Centrão’, tem até o presidente do partido onde vai concorrer o Bolsonaro, o Valdemar da Costa Neto, que estava do lado do Lula, condenado no ‘Mensalão’. Então assim, não tem esquema de corrupção? Quem está investigando? Quem está olhando isso, o PGR [Procurador Geral da República]? A Polícia Federal, alguém está vendo isso? Tenho certeza que se a gente retomar, dar autonomia para as instituições, como a gente pretende fazer, muita coisa vai aparecer”, afirmou.

O ex-ministro falou também sobre a corrida eleitoral, e disse que “a única razão” de o ex-presidente Lula (PT) estar à frente nas pesquisas é porque as pessoas “querem se livrar do Bolsonaro”. “O Bolsonaro faria um favor para o País se pegasse o boné e fosse para casa, porque ele está elegendo o Lula”, disse Moro.

Lava-Jato

Questionado porque mudou de ideia em relação a ser candidato a presidente – o que chegou a negar quando era ministro de Bolsonaro – Moro disse que achava que conseguiria “mudar o rumo do Brasil, em relação a ter um governo honesto, a ter pessoas mais íntegras, a ter um combate à corrupção”.

“A gente imaginava que a gente teria iniciado um período diferente, mas acho que todo mundo se decepcionou muito com a realidade atual e assim, vamos ser bastante francos, o governo atual, juntamente com parte do Congresso e com parte do Supremo Tribunal Federal, eles destruíram a Lava-Jato.”

O ex-ministro também afirmou que se o presidente Bolsonaro quisesse combater a corrupção, ele não teria interferido na PF, teria nomeado um PGR a favor da Lava-Jato, teria se posicionado a favor da prisão em 2ª instância e não teria vetado trechos do projeto anticrime.

“Eu fui sabotado pelo presidente da república Jair Bolsonaro e também, não foi só ele, mas ele contribuiu pra esse ambiente de reação contra o combate à corrupção”, afirmou Moro.

Polarização

Sobre a disputa entre Lula e Bolsonaro, Moro disse que “não tem como comparar quem é pior”. Ele não acredita em segundo turno entre os dois. “Não vamos correr esse risco de segundo turno com Lula e Bolsonaro, o brasileiro não tem vocação para o suicídio”.

Moro falou também que Lula e Bolsonaro “não são exatamente amantes da liberdade de imprensa”, e citou a proposta de Lula de regulação da mídia. “Eu sou totalmente contra censura, controle, xingar jornalistas, xingar mulheres jornalistas que é a predileção infeliz do Bolsonaro. Se o Lula ganhar, vocês vão ganhar novos companheiros aqui escolhidos pelo Estado”, insinuou.

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