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Brasil Sete em cada dez indústrias que se instalaram no Paraguai nos últimos cinco anos são de brasileiros

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Prévia foi divulgada pela FGV. (Foto: Banco de Dados)

Sete em cada dez indústrias que se instalaram no Paraguai nos últimos cinco anos são de brasileiros, segundo dados do governo local. Os que buscam o país vizinho como alternativa são empresários de setores que, no Brasil, são vítimas de uma perda crônica na capacidade de competitividade.

Eles foram atraídos por uma vertiginosa diferença (para menos) nos custos trabalhistas, na conta de energia elétrica e nos impostos, capaz de tirar do vermelho suas margens de lucro e recolocá-los, com preços competitivos, na disputa global por consumidores.

Com a retomada da economia brasileira e a alta da cotação do dólar neste ano, os industriais voltaram a ganhar fôlego. Mas, em muitos casos, estão aproveitando o embalo para expandir ou iniciar a produção no Paraguai.

Na embaixada brasileira em Assunção, o número de empresas que pediram informações sobre como operar no país vizinho cresceu quase 64% em 2017. Foram 445 consultas contra 272 em 2016. Só no último mês, três empresas brasileiras se habilitaram a entrar no regime de maquila – em que a produção é 100% exportada e, com isso, paga-se menos imposto. Duas são do setor de confecções e uma do metalúrgico.

“A indústria é nômade, ela se move. Assim como um dia saiu dos Estados Unidos rumo à China, as que estão no Brasil, vendo facilidades dentro do Mercosul, buscam essas alternativas”, afirma Júlio Gomes de Almeida, diretor-executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial. “Isso deve nos fazer refletir sobre a competitividade do Brasil”, diz.

Desde que assumiu o poder, em 2013, o presidente paraguaio Horacio Cartes vem fazendo uma intensa campanha para atrair investidores do Brasil. Ele e o ministro da Indústria, Gustavo Leite, costumam defender, em bom português, as vantagens da maquila a industriais brasileiros.

Sócios na Zenaplast, filial paraguaia de uma fábrica de embalagens para defensivos agrícolas, os empresários José Luis Duarte Filho e Fernando Fermino iniciaram há poucos meses a operação em um segundo galpão na cidade de Hernandárias, a 20 quilômetros de Foz do Iguaçu (PR).

Abriram uma metalúrgica para fundir peças de caminhão e panelas de ferro com um terceiro parceiro brasileiro, que estudava há dois anos a mudança para o Paraguai. Eles contam que muitos empresários do Brasil os visitaram para conhecer a operação. No início, traziam perguntas comuns do lado de cá da fronteira. “Queriam saber se o governo daria o terreno para instalação ou como obter financiamento público. Isso não existe no Paraguai.”

Não há BNDES ou crédito subsidiado para a indústria no Paraguai. Não há regimes especiais de tributação para contemplar setores eleitos. Os impostos são o de Renda (10%) e o do Valor Agregado (10%). Se a empresa entra no regime de maquila, o tributo se converte em 1% sobre o faturamento. Para repatriar o lucro, paga-se duas vezes Imposto de Renda: na saída do Paraguai e na entrada do Brasil.

“O Estado nunca nos deu nenhum benefício além do que já existe para toda a economia, não há política setorial”, diz Gustavo Correa, presidente do grupo Vetorial, que arrenda uma siderúrgica perto de Assunção.

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https://www.osul.com.br/sete-em-cada-dez-industrias-que-se-instalaram-no-paraguai-nos-ultimos-cinco-anos-sao-de-brasileiros/ Sete em cada dez indústrias que se instalaram no Paraguai nos últimos cinco anos são de brasileiros 2017-12-31
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