Quarta-feira, 28 de maio de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Economia Setor de serviços no Brasil avança quase 11% em 2021 e supera perdas de 2020

Compartilhe esta notícia:

Mesmo após o governo aumentar salário mínimo e Bolsa Família, orçamento familiar segue apertado e destinado, principalmente, a contas básicas. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 1,4% em dezembro, na comparação com novembro, segundo dados divulgados nessa quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o setor fechou 2021 com avanço recorde de 10,9%, eliminando as perdas do ano anterior.

Essa foi a maior taxa para um fechamento de ano desde o início da séria histórica do IBGE, em 2012. Importante destacar, porém, que o salto ocorre após o tombo recorde de 7,8% no ano de 2020.

“O setor de serviços ampliou o distanciamento com relação ao nível pré-pandemia, situando-se 6,6% acima do nível de fevereiro de 2020, e alcançou seu maior o patamar desde agosto de 2015”, destacou o IBGE.

Apesar do desempenho positivo em 2021, o setor ainda está 5,6% abaixo do nível de atividade recorde alcançado em novembro de 2014.

“Nos primeiros meses de 2020, o setor de serviços foi duramente afetado em função da necessidade de isolamento social e do fechamento dos estabelecimentos que prestavam serviços de caráter presencial. Por outro lado, a pandemia trouxe oportunidades de negócios para serviços voltados às empresas, como os de tecnologia da informação, transporte de cargas, armazenagem, logística de transporte e serviços financeiros auxiliares, que tiveram ganhos mais expressivos e compensaram as perdas dos serviços de caráter presencial”, destacou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

O setor de serviços é o que possui o maior peso na economia brasileira e foi o mais atingido pela pandemia de covid. Mesmo assim, foi o principal destaque de recuperação em 2021, impulsionado pelo avanço da vacinação e pelo fim de boa parte das medidas restritivas para conter a disseminação do coronavírus. O setor de serviço foi também o que mais abriu vagas com carteira assinada no ano passado.

“A reação dos serviços só veio mesmo em 2021. Havia um ‘delay’ para serviços e por isso essa escala maior de crescimento no ano passado”, destacou Lobo, lembrando que o varejo e a indústria conseguiram iniciar mais cedo o movimento de recuperação.

Veja o resultado de 2021 em cada um dos segmentos:

— Serviços prestados às famílias: 18,2%

— Serviços de alojamento e alimentação: 20,1%

— Outros serviços prestados às famílias: 8,2%

— Serviços de informação e comunicação: 9,4%

— Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC): 9,4%

— Telecomunicações: -0,2%

— Serviços de tecnologia da informação: 24,8%

— Serviços audiovisuais: 10,1%

— Serviços profissionais, administrativos e complementares: 7,3%

— Serviços técnico-profissionais: 12,1%

— Serviços administrativos e complementares: 5,4%

— Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 15,1%

— Transporte terrestre: 14,7%

— Transporte aquaviário: 14,6%

— Transporte aéreo: 37%

— Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: 11,9%

— Outros serviços: 5%

Regiões

No acumulado do ano, a alta no volume de serviços no Brasil foi verificada nas 27 unidades da federação. O principal impacto positivo veio de São Paulo (11,5%), seguido por Minas Gerais (14,0%), Rio de Janeiro (7,3%), Rio Grande do Sul (12,1%) e Santa Catarina (14,7%).

4º trismestre

Em dezembro o setor de serviços registrou avanço de 1,4% em relação ao mês anterior, segundo mês de alta. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o volume apresentou ganho de 10,4%, 10ª taxa positiva.

Ambos os resultados ficaram acima das expectativas. Pesquisa da Reuters projetava ganhos de 0,9% na comparação mensal e de 9,1% na base anual.

No 4º trimestre de 2021, o setor teve avanço de 0,4%, na comparação com o trimestre anterior, marcando a sexta alta trimestral seguida.

Assim como o restante da economia, porém, o setor mostrou perda de fôlego na reta final do ano, com desaceleração do ritmo de recuperação. No 1º trimestre, a alta tinha sido de 3,2%, no 2º trimestre, de 2,2%, e no 3º trimestre, de 3%, no comparativo com o trimestre imediatamente anterior.

Recuperação desigual

No acumulado de janeiro a dezembro de 2021, houve alta nas 5 atividades pesquisadas e em 74,1% dos 166 tipos de serviços investigados.

As contribuições mais importantes para o avanço do setor no ano foram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,1%) e informação e comunicação (9,4%), segmentos que foram favorecidos pela maior demanda por digitalização, avanço do comércio eletrônico e maior consumo de novos tipos de serviços como entrega de comida e transporte via aplicativo.

O gerente da pesquisa destacou que, entre 2012 para 2019, o setor de serviços acumulou uma variação positiva de 0,1% e, no biênio 2020-2021, uma alta de 2,2%. Ou seja, boa parte do crescimento acumulado dos últimos 10 anos (2,3%) é resultado direto do desempenho mais dinâmico destes segmentos de serviços que ganharam protagonismo após a pandemia.

Vale destacar que a recuperação do setor tem se mostrado incompleta e desigual. Nos serviços profissionais e administrativo, nos serviços prestados às famílias, no transporte aéreo e telecomunicações, o crescimento de 2021 não foi suficiente para retomar o nível pré-pandemia.

O nível de serviços prestados às famílias, que incluem atividades de caráter mais presencial, teve alta pelo 9º mês seguido, mas mesmo assim fechou o ano passado ainda 11,2% abaixo do patamar pré-pandemia e 21,8% abaixo do ponto mais alto de série.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

O que vai acontecer com os clientes da Oi? Meu pacote vai ficar mais caro? Meu número de celular vai mudar? Entenda
Com transmissão de energia limitada, governo troca usinas mais baratas por termelétricas mais caras
https://www.osul.com.br/setor-de-servicos-no-brasil-avanca-quase-11-em-2021-e-supera-perdas-de-2020/ Setor de serviços no Brasil avança quase 11% em 2021 e supera perdas de 2020 2022-02-10
Deixe seu comentário
Pode te interessar