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Por Redação O Sul | 17 de outubro de 2017
O volume do setor de serviços caiu 1% em agosto na comparação com julho (na série com ajuste sazonal). Esse foi o pior resultado para o mês nessa base de comparação desde o início da série histórica, em janeiro de 2012, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (17) .
Foi também o segundo mês seguido de retração do setor. Em julho, o volume de serviços recuou 0,8%, na primeira queda desde março. Em relação a agosto de 2016, na série sem ajuste sazonal, os serviços caíram 2,4% e mantiveram a sequência negativa iniciada em abril de 2015. Os acumulados no ano (-3,8%) e em 12 meses (-4,5%) continuam iguais, segundo o IBGE.
Conforme o analista da coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Roberto Saldanha, as consecutivas quedas no setor de serviços indicam que “ele precisa de uma alavancagem maior de outros setores da economia” para voltar a acumular bom desempenho.
Serviços às famílias recuam 4,8%
A maior queda do setor foi registrada nos serviços prestados às famílias. Com recuo de 4,8%, esse ramo de atividade teve interrompida uma sequência de três resultados positivos. “O mês de agosto foi muito fraco para os serviços prestados às famílias principalmente por conta de alojamento e alimentação fora de casa. Foi generalizado em todas as unidades da federação”, observou Saldanha.
“Eu considero essa queda [dos serviços prestados às famílias] pontual. Não quer dizer que está com uma tendência de queda”, enfatizou o pesquisador. Saldanha destacou, no entanto, que não foi apenas o setor de serviços prestados às famílias que puxou o resultado negativo do mês. Atividades de setores como o de tecnologia da informação, transportes e outros serviços, como as atividades turísticas, também tiveram queda e ajudaram a compor o índice geral.
Serviços profissionais, administrativos e complementares subiram 1,6%, outros serviços avançaram 1%; transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio cresceram 0,7%; e serviços de informação e comunicação, 0,3%. Já as atividades turísticas, um agregado especial, caíram 3,1%. “Não se verificou neste mês um crescimento da demanda tanto para os serviços prestados às famílias quanto aos serviços prestados às empresas também”, ressaltou.
Receita do setor
A receita nominal do setor em agosto baixou 0,6% frente a julho. Na comparação com agosto de 2016, o crescimento foi de 2,0%. Os acumulados no ano (1,7%) e em 12 meses (0,7%) não foram alterados.
Regiões
As maiores quedas nos serviços, na comparação com julho, ocorreram em Alagoas (-5,9%), Paraíba (-3,6%) e Amazonas (-2,9%). Os estados que mais cresceram foram Roraima (9,8%), Bahia (3,8%) e Piauí (3,5%). Frente a agosto de 2016, Mato Grosso (15,8%), Paraná (5,5%) e São Paulo (0,8%) foram os destaques positivos. As maiores baixas foram no Distrito Federal (-13,3%), Paraíba (-12,7%) e Amapá (-12,2%).