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| Sífilis em gestantes e recém-nascidos pode aumentar no Brasil em 2016

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Os dados mais recentes desta epidemia apontam vários índices em queda, mas os diagnósticos em grávidas continuam a aumentar. (foto: reprodução)

Silenciosa e conhecida como “a doença de mil faces”, a sífilis ronda gestantes e bebês recém-nascidos no Brasil. De acordo com dados recentemente divulgados pelo Ministério da Saúde, em 2016 a doença deve atingir quase 42 mil mulheres grávidas e mais de 22 mil casos congênitos, quando a bactéria é passada da mãe para o recém-nascido.

Para se ter ideia da evolução da doença, em 2008, os casos em gestantes alcançaram 10 mil, e 5 mil foram os casos congênitos. Em números divulgados pelo Ministério da Saúde referentes a 2015, o Rio Grande do Sul apresentou médias acima das nacionais em ambos os casos.

Os dados alarmantes reforçam a importância da prevenção e do correto diagnóstico da sífilis, que é causada pela bactéria Treponema pallidum. “A sífilis apresenta uma ampla gama de manifestações clínicas. Dependendo do estágio e dos sintomas, como febre, aumento de gânglios e manchas pelo corpo, pode ser confundida com outras doenças e até com alergias. Daí ela ser conhecida como ‘a grande impostora’ ou ‘a doença de mil faces’”, afirma a infectologista Marcelle Duarte Alves, médica assessora do Laboratório Weinmann no Rio Grande do Sul.

A evolução e os sintomas da doença na gestante ocorrem da mesma forma que acontece em outros adultos infectados. No entanto, para o recém-nascido, a sífilis apresenta maior gravidade. “Os riscos para o bebê incluem malformações, como a microcefalia, anormalidades ósseas, deficiência mental e, nos casos mais graves, pode causar parto prematuro e morte neonatal”, informa a infectologista.

As consequências da infecção para o feto dependem do momento em que a gestante entra em contato com a bactéria, sendo que quanto mais no início da gravidez, maior é a chance de comprometimento fetal. “Também depende se a gestante está no estágio primário, secundário ou latente, por exemplo. Por essa razão, é muito importante o acompanhamento pré-natal, o diagnóstico correto e o tratamento adequado, que nas gestantes é feito por meio da aplicação de penicilina”, completa a médica.

Os testes clínicos para a detecção da sífilis são feitos por meio da determinação de anticorpos no sangue, uma vez que a bactéria causadora da doença não é cultivável. O teste do tipo “treponêmico” define a presença ou ausência de anticorpos contra antígenos da bactéria na amostra, enquanto o “não treponêmico” detecta anticorpos que não são específicos da bactéria, mas que estão presentes na sífilis.

“O diagnóstico só é confirmado quando os exames dos dois tipos são positivos, sendo que o RPR ou o VDRL (não treponêmicos) são utilizados também para o acompanhamento após o tratamento e para a determinação de cura do paciente. O ideal é que as gestantes realizem o teste no primeiro e terceiro trimestre da gestação, e repitam na hora do parto”, finaliza Marcelle Alves.

Formas de contágio
A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou da mãe ao feto durante a gestação ou no parto. O uso correto e regular da camisinha masculina ou feminina é uma medida importante de prevenção da sífilis. O acompanhamento da gestante durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.

Fases e sintomas
Sífilis primária
– Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.

 Sífilis secundária
– Os sinais e sintomas aparecem entre seis semanas e seis meses do surgimento da ferida inicial e após a cicatrização espontânea. Há manchas no corpo, principalmente, nas palmas das mãos e plantas dos pés. Não coçam, mas podem surgir ínguas no corpo.

 Sífilis latente
– Não aparecem sinais ou sintomas. É dividida em sífilis latente recente (menos de um ano de infecção) e sífilis latente tardia (mais de um ano de infecção). A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.

 Sífilis terciária
– Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção. Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

*Fonte: Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde

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https://www.osul.com.br/sifilis-em-gestantes-e-recem-nascidos-pode-aumentar-no-brasil-em-2016/ Sífilis em gestantes e recém-nascidos pode aumentar no Brasil em 2016 2016-06-26
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