Sábado, 16 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 16 de agosto de 2025
Cantora reflete sobre a importância da música em sua trajetória e como passou a enxergar as vivências após lidar com o diagnóstico de câncer de intestino
Foto: Reprodução/InstagramSimony, de 49 anos, lida com o que diz ser uma exceção da medicina, desde que foi diagnosticada com câncer de intestino, em 2022. Ela entrou em remissão da doença em janeiro de 2023 após passar por quimioterapia, radioterapia e ter um quadro bem-sucedido com a imunoterapia, realizada até hoje. Experiência que fez a cantora renovar a visão sobre a vida e, ao mesmo tempo, trouxe dificuldade com despedidas, como a de Preta Gil [1974 – 2025], vítima de complicações da mesma doença.
“Estou ótima. Vejo que eu sou muito abençoada, Deus é muito é muito incrível para mim, sou agradecida. Deus é que faz essas coisas. Eu, realmente, sou uma exceção mesmo. Meu caso não existe em livros, mas existe em outro livro por aí”, refletiu.
A artista fala da importância de compartilhar sobre sua vivência como legado para conscientizar e inspirar outras pessoas que possam ser acometidas pela doença. “Acho que a minha história serve para isso, para poder ajudar outras pessoas e fazer com que as pessoas entendam que tudo é possível. Se você crê, acho que tudo é possível”.
Simony comenta também sobre a morte recente de Preta Gil, que nos deixou no último dia 20 de julho em decorrência do câncer de intestino, com quem estreitou laços em meio à identificação. “É bem triste. Adorava muito ela, não era uma amiga íntima da Preta, mas a gente se afunilou por conta das histórias parecidas. Acho que foi isso. Infelizmente, aconteceu, mas Preta descansou, vejo assim. É muito triste, a gente nunca quer perder ninguém, mas a gente, às vezes, é muito egoísta de querer ficar com a pessoa mesmo sofrendo”, refletiu.
A mãe de Aysha, Pyetra, Ryan e Anthony confessa ainda um receio pessoal em lidar com o ritual de finitude em meio à própria fragilidade. “Não fui em velório, não fui em nada, porque não consigo. Para mim, é muito difícil essas coisas, digerir isso ainda. Mas Deus sabe de todas as coisas”, explicou.
O que mudou na percepção de Simony sobre a vida foi a renovação do autocuidado para além da busca desenfreada pelo material. “O que realmente renova é você focar sua vida em outras áreas. A gente corre muito, vive atrás de dinheiro, de fazer as coisas e a gente esquece da gente. Acho que isso é muito horrível, porque chega uma hora que você vai ter que parar por bem ou por mal. É melhor você parar por bem, se cuidar, dosar as coisas. Depois, a gente vai deixar tudo aqui. Não vamos levar nada”.
Ela frisa como não tem mais tempo ruim para realizar os desejos. “Realizo todos. Saio para jantar com meus amigos, vou a teatros, vou viajar, vou jantar, vou no pagode, vou no na ópera, vou em qualquer lugar. Tudo o que eu quero fazer, eu faço. Aproveitar tudo”, disse.