Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 17 de março de 2021
A síndica de um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi presa temporariamente nesta terça-feira (16) acusada pela Polícia Civil de ser a mandante do assassinato de um morador do mesmo prédio que planejava denunciá-la por irregularidades na administração. Ainda segundo a investigação, o autor do crime foi um funcionário do condomínio que seria amante da síndica.
Agentes da 27ª DP (Vicente de Carvalho) prenderam o casal acusado de matar o empresário Carlos Eduardo Monttechiari. A dupla foi capturada na Barra da Tijuca. Segundo os agentes, a vítima foi morta a tiros no mês de fevereiro, em Vila Kosmos, na Zona Norte do Rio.
De acordo com a 27ª DP, inicialmente o caso estava sendo tratado como latrocínio. Entretanto, após depoimento de uma testemunha, com quem a vítima falava ao telefone no momento do crime, os agentes identificaram o autor, que trabalhava no condomínio como supervisor de imagens. Além disso, segundo os policiais, o veículo utilizado no homicídio pertence ao homem acusado pela morte do empresário.
As investigações demonstraram que a vítima pertenceu ao Conselho Fiscal do condomínio em que morava e havia marcado uma assembleia para relatar as fraudes no orçamento feita pela síndica. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, ele já havia sido síndico do mesmo condomínio e acusava a atual síndica de desviar cerca de 800 mil reais da administração, segundo a polícia. A documentação seria apresentada durante assembleia agendada para 5 de fevereiro.
Após diligências, os agentes constataram que os autores mantinham um relacionamento amoroso e que planejaram matar a vítima em razão da descoberta das fraudes. Os mandados de prisão foram expedidos pela Justiça. Nenhum dos dois tinha antecedentes criminais. A ordem de prisão temporária determina que eles fiquem detidos pelo prazo de 30 dias, para a conclusão das investigações.
Por volta das 10h30min do dia 1° de fevereiro, o empresário Carlos Eduardo Monttechiari chegou ao depósito de gás que funciona em um terreno do qual é dono, na Vila Kosmos. Estacionou o carro e, assim que abriu a porta do veículo, foi baleado por um homem. O atirador correu, entrou em outro carro, onde um motorista o aguardava, e fugiu. A vítima conseguiu dirigir por alguns metros, foi socorrida e internada, mas morreu no dia seguinte. A Polícia Civil ainda não sabe quem dirigia o carro com o qual o atirador chegou e fugiu do local do crime. As informações são da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do jornal O Estado de S. Paulo.