Domingo, 09 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de fevereiro de 2020
A sobrinha do ministro Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública, foi vítima de um sequestro relâmpago em Maringá, na região norte do Paraná, na noite de segunda-feira (17). Ela estava com o namorado, que foi agredido com chutes na cabeça e teve de ser encaminhado ao hospital. Já ela teve seus pertences roubados, inclusive o celular, após ser feita de refém pelos assaltantes no início da fuga, conforme as informações repassadas pela PMPR (Polícia Militar do Paraná).
Procurado pelo Paraná Portal, Moro disse que não vai comentar o caso. Vale lembrar que o ex-juiz federal nasceu na cidade e é formado em Direito na UEM (Universidade Estadual de Maringá).
Ação
Segundo a polícia, a sobrinha de Moro estava com o namorado no carro dele, estacionado, quando um homem e uma mulher fizeram a abordagem. O rapaz foi jogado na rua e recebeu pontapés antes de ser deixado para trás pelos suspeitos. Ele foi atendido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que cuidou das agressões na cabeça e no tórax. Depois, ele acabou indo para o Hospital Santa Rita.
Já a sobrinha de Moro foi mantida como refém pela dupla de assaltantes no banco de trás. Ela tentou se jogar do carro em movimento, mas não conseguiu e seguiu à mercê da dupla. Contudo, o assaltante entrou em uma estrada de terra e bateu o carro em um barranco. Os assaltantes pegaram o celular e outros pertences dela, mas optaram por não a levarem junto ao fugirem a pé.
Os suspeitos não foram localizados até a tarde desta terça-feira (18), sendo que a investigação vai sendo feita pela Polícia Civil. Entretanto, o celular e os documentos pessoais do rapaz foram encontrados perto do local onde o carro foi abandonado.
Crime comum
Auxiliares de Sérgio Moro descartaram a hipótese de que o assalto sofrido por uma das sobrinhas dele na segunda-feira tenha sido um recado por parte de facções criminosas.
Segundo auxiliares, o próprio ministro da Justiça afirmou que se tratava de um “crime comum”.
Campanha contra facções
O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), vai lançar a campanha “Diga não à facção” na próxima semana.
A ideia é pintar muros e colar adesivos nos presídios para destacar que, pela Lei Anticrime (Lei nº 13.964), o preso que mantém vínculo com organização criminosa durante o cumprimento da pena não obtém benefícios como progressão de regime ou livramento condicional.
No fim de janeiro, o ministério lançou no site a lista dos criminosos mais procurados do Brasil em seu site. A iniciativa faz parte das ações de combate ao crime organizado determinadas pelo ministro Sérgio Moro, com o apoio de agentes de segurança pública federais e estaduais.
O ministro defende o endurecimento da legislação para punir crimes violentos, como homicídios e outros cometidos por organizações criminosas. Ele tem se pronunciado pelas redes sociais sobre o tema.
Segundo Moro, 342 criminosos perigosos foram transferidos aos presídios federais em 2019. “Ao final do ano, eram 624, recorde histórico. Pela lei anticrime, todas as conversas com visitantes são gravadas, o que reduz a possibilidade do envio de ordens para a prática de crimes lá fora”, disse Moro, em post no final de janeiro quando passou a vigorar a lei anticrime.