Domingo, 26 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de novembro de 2015
Domingo será um dia decisivo para os sócios do BTG Pactual. Eles planejam colocar em prática um “plano B”: tentar comprar a participação do presidente André Esteves e retirá-lo do banco.
Embora os sócios neguem veementemente, foi apurado que eles já discutem a compra da participação de Esteves (28,8% das ações) como forma de preservar a instituição de uma onda de saques a partir da próxima semana, caso o banqueiro fique preso por mais tempo. Há dinheiro para a operação. O problema será convencer Esteves a vender o controle da instituição que ele construiu.
A preocupação dos sócios é também a do BC (Banco Central). A área de fiscalização monitora o caixa da instituição a cada meia hora, desde que a prisão ocorreu, e liga várias vezes ao dia para o BTG.
Até o momento, os saques não foram expressivos a ponto de soar o sinal vermelho. Em 30 de setembro, o balanço indicava 40 bilhões de reais em caixa, recursos de sobra para fazer frente aos compromissos de curto prazo. A preocupação do BC é que, a maior parte das operações vencem em 90 dias.
Para a fiscalização, os investidores poderiam resgatar esses recursos (mesmo correndo risco de perdas) caso Esteves continue preso. Por isso, o BC quis saber dos sócios do BTG o que farão se isso acontecer. Como eles não pretendem vender o banco, passaram a estudar a compra da participação de Esteves. (Folhapress)