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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Deu o que falar a atitude do governo estadual do Rio Grande do Sul de acabar com o parcelamento do IPVA. O alarde foi tanto que no dia seguinte o governador voltou atrás e manteve o parcelamento para o próximo ano.

Contudo, isso chamou a atenção da população para alguns pontos. O primeiro é a necessidade de caixa do Estado, que não é de hoje. O segundo é que quem paga essa conta somos nós, pagadores de impostos. Quando saiu a notícia, um amigo me comentou: “Essa atitude é para que a gente pague o funcionalismo público”. Eu, confuso, prontamente respondi: “Mas foi sempre nós que pagamos, o Estado vive dos recursos que saem do nosso bolso”. Na mesma hora me lembrei de uma brilhante frase da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher: “Não existe essa coisa de dinheiro público, existe apenas o dinheiro dos pagadores de impostos”. O Estado não tem outra fonte de recursos além do dinheiro da população. Muitos dos impostos, como o ICMS, são pagos indiretamente, embutidos nos preços das mercadorias; porém, o IPVA é pago diretamente – com isso, a população enxerga melhor.

Devido à lentidão e burocracia estatal, o governador, desesperado para tapar os buracos do cofre do Estado, recorre a essa atitude de tirar o dinheiro à força da população. Em vez disso, deveria se preocupar em dar andamento as privatizações das empresas estaduais, como CEEE, CRM, Sulgás e Banrisul. Ou acelerar as propostas de reforma estrutural e da Previdência, pois é a folha de pagamentos que suga todo mês o dinheiro do pagador de impostos.

Com a crise que vive o governo gaúcho, já temos uma das mais altas cargas tributárias do País. Com isso, entendo que a população agiu bem em reclamar e reivindicar contra a atitude adotada pelo governador. E mais, deve agir assim contra qualquer proposta que mexa com o bolso do contribuinte. Na minha visão, a população e os meios de comunicação até pegaram leve, pois deveriam exigir a extinção desse roubo cometido pelo Estado chamado imposto.

Se o governador continuar com atitudes como essa, vamos ter ainda mais pessoas e empresas indo embora do Estado e buscando liberdade em outras regiões. Temos que buscar resolver logo essa crise, diminuindo o tamanho da máquina pública e dando liberdade para a população, antes que o Rio Grande do Sul vire uma terra abandonada de pessoas cansadas de pagar tantos impostos.

Richard Sacks, empreendedor e associado do IEE

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