Quinta-feira, 08 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 18 de setembro de 2022
A candidata do União Brasil à Presidência da República, Soraya Thronicke, protocolou neste domingo (18), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um ação na qual pede que o presidente Jair Bolsonaro seja proibido de utilizar, em sua campanha eleitoral, imagens de sua atuação como Chefe de Estado na cerimônia do funeral da rainha Elizabeth II e na Assembleia-Geral da ONU.
Bolsonaro chegou ao Reino Unido neste domingo para a cerimônia de funeral da Rainha. Na terça (20), estará em Nova Iorque, onde fará o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU.
O pedido foi feito ao corregedor-geral eleitoral, Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na ação, Soraya afirmou que Bolsonaro tem se “notabilizado pela utilização de eventos a que comparece na condição Chefe de Estado, custeados com recursos públicos e inacessíveis aos demais candidatos, com posterior divulgação em meios oficiais e redes sociais de campanha, para promoção de sua candidatura à reeleição”.
“O que se pretende é inibir a prática de condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos e a lisura do processo eleitoral consistente na utilização de registros dos eventos na propaganda eleitoral do REPRESENTADO como forma de promover sua imagem e, assim, colher frutos eleitorais”, afirmou a candidata.
A peça também diz que Bolsonaro aproveita a oportunidade de estar em eventos de grande apelo e cobertura da mídia “para produzir registros e recortes que possam ser utilizados para demonstrar uma suposta aceitação no cenário internacional, de maneira a se contrapor aos demais candidatos”.
Além da proibição da divulgação das imagens, a candidata do União Brasil pede que, se confirmada conduta ilícita, seja reconhecida a prática de abuso de poder político e econômico, com a consequente cassação do mandato e decretação de inelegibilidade de Bolsonaro e de seu candidato a vice, Braga Netto.
A coligação do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo que presidente, o vice e seus integrantes de campanha sejam “impedidos de promover ou usar como propaganda eleitoral qualquer vídeo, fotografia ou material gráfico produzido durante a viagem oficial”.
No pedido, os advogados do petista consideraram válida a participação de Bolsonaro como “chefe de Estado” no funeral da rainha inglesa. Mas afirmaram que “Bolsonaro confunde a figura de presidente da República com a de candidato à reeleição” e que ele está “sequestrando atos oficiais da república brasileira para fazer campanha eleitoral, o que é absolutamente irregular”.
Viagem
O presidente chegou a Londres na manhã deste domingo (18) para acompanhar o funeral da rainha Elizabeth II.
Pela manhã, ele foi à residência oficial do embaixador do Brasil no Reino Unido, onde aproveitou a presença de apoiadores para falar sobre as eleições e disse que não tinha como não ganhar no primeiro turno.