Domingo, 25 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 17 de abril de 2023
A Suécia iniciou seus maiores exercícios militares em mais de 25 anos nesta segunda-feira (17), mobilizando 26 mil soldados de 14 países diferentes, já que a candidatura do país para ingressar na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) continua bloqueada.
“Os exercícios serão realizados no ar, na terra e no mar em grandes áreas do país”, declararam as Forças Armadas suecas, e continuarão até 11 de maio.
Os exercícios se concentrarão no sul e no norte da Suécia e na ilha de Gotland, de importância estratégica.
Também participam das manobras Estados Unidos, Reino Unido, Finlândia, Polônia, Noruega, Estônia, Letônia, Lituânia, Ucrânia, Dinamarca, Áustria, Alemanha e França, a maioria membro da Otan.
Após dois séculos de neutralidade e de não alinhamento militar, a Suécia, juntamente com sua vizinha Finlândia, anunciou sua intenção de ingressar na Otan em maio de 2022, após a invasão russa da Ucrânia.
Mas, enquanto a Finlândia conseguiu se tornar o 31º membro da Otan em 4 de abril deste ano, a candidatura sueca ainda enfrenta a oposição.
Os novos membros devem ser ratificados por unanimidade por todos os países da aliança militar, e a Suécia ainda enfrenta oposição da Turquia e da Hungria.
O governo turco repreende a Suécia por sua recusa em extraditar dezenas de suspeitos que o presidente Recep Tayyip Erdogan relaciona a uma tentativa fracassada de golpe de Estado em 2016 e ao movimento separatista curdo.
Finlândia
A Finlândia finalizou o processo de entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no início deste mês, tornando-se oficialmente o 31° país a ingressar na aliança militar fundada ao fim da Segunda Guerra Mundial para conter o avanço da influência soviética em direção ao Ocidente. O acordo entrega à Finlândia a garantia de dissuasão coletiva, garantido no Artigo 5° do bloco, ao passo que mais do que dobra a fronteira da Otan com o território russo.
O ministro das Relações Exteriores, Pekka Haavisto, entregou o documento de adesão da Finlândia ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em Bruxelas, marcando sua entrada formal na aliança. Foi o último passo de um processo iniciado ainda no ano passado, motivado pela invasão russa da Ucrânia, que fez o país nórdico romper com 78 anos de neutralidade na disputa entre o Ocidente e Moscou.
Os ministros das Relações Exteriores da Otan celebraram a adesão com uma cerimônia de hasteamento da bandeira finlandesa no fim do dia.
“Agora podemos declarar que a Finlândia é o 31º membro do Tratado do Atlântico Norte”, disse Blinken.
Em seguida, o presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, complementou: “A Finlândia se torna um membro da aliança de defesa da Otan. A era do não alinhamento militar em nossa história chegou ao fim. Uma nova era começa”, afirmou ele.
A entrada da Finlândia na Otan representa um desafio estratégico para a Rússia, que ao invadir a Ucrânia não esperava aumentar sua fronteira comum com o bloco ocidental em 1.300 km. O país também passa a ser protegido pelo Artigo 5° da aliança, que trata um ataque a um membro como um ataque a todos eles. As informações são da agência de notícias AFP e do jornal O Globo.