Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 22 de agosto de 2018
O suspeito de matar a corretora de imóveis Karina Garofalo, de 44 anos, se entregou à polícia, na noite de terça-feira (21). Karina foi assassinada a tiros no último dia 15, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Segundo a Polícia Civil, Paulo Maurício Barros Nunes se entregou à polícia em uma rodovia na cidade de Volta Redonda (RJ). Ele foi levado para a Delegacia de Homicídios da capital fluminense.
Paulo é primo do ex-marido da vítima, Pedro Paulo Barros Pereira Júnior, de 47, que teria planejado o crime e está foragido. A reportagem procurou, mas não localizou as defesas dos suspeitos. Os dois tiveram prisão decretada pela Justiça do Rio.
De acordo com as investigações, o ex-casal brigava na justiça por bens em herança e o homem não aceitava um novo relacionamento dela. Karina foi morta a tiros na frente do filho de 11 anos quando deixava um shopping e seguia a pé para sua casa, na Barra. Paulo atirou na corretora com uma pistola com silenciador e depois descartou a arma em terreno baldio no mesmo bairro.
De acordo com o delegado da Divisão de Homicídios que investiga o caso, André Barbosa, trata-se de um crime de feminicídio. Os suspeitos foram identificados a partir da análise das câmeras de segurança da região do crime. As imagens mostram que Karina estava sendo seguida. O rosto de Paulo Maurício aparece nitidamente na câmera de vigilância que monitora a cancela de entrada do estacionamento do shopping.
É possível ver que o carro de marca Renault cor preta é acompanhado por uma motocicleta. Uma outra câmera flagra o momento em que o carro para próximo da mãe e do filho que voltavam do shopping a pé para casa. O homem salta do carro já de capuz, atravessa a rua e, na imagem de uma segunda câmera, aparece disparando contra a corretora.
O depoimento do filho de Karina foi fundamental para identificar o atirador. Ele teria reconhecido o homem que aparece na cancela do shopping como “o primo do papai”. Segundo o jornal “O Globo”, o menino teria dito em depoimento que “o papai mandou matar a mamãe”.
Ainda não se sabe com quem o filho ficará daqui em diante. Karina e Pedro Paulo têm uma outra filha, maior de idade. As famílias de Karina e Pedro Paulo são amigas e relativamente conhecidas em Volta Redonda. Karina é filha do comerciante Giuseppe Garofalo, conhecido como Pepe, que morreu há dez anos. Pepe era dono de bancas de jornais da cidade. Já a família de Pedro Paulo seria dona de um açougue local.
O advogado Edson Ferreira, que defende Pedro Paulo Barros Pereira Júnior, suspeito de ser o mandante do crime, alegou que seu cliente não tem relação com o assassinato. Ele afirmou que não há provas materiais de sua participação. O advogado afirmou que seu cliente estaria “deprimido e desesperado” com as notícias que vinculam seu nome ao caso.