Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 4 de maio de 2025
O corpo de Amanda foi encontrado com queimaduras e sinais de asfixia por fumaça entre os escombros no local.
Foto: ReproduçãoUm homem foi preso nesse sábado (3) na cidade de Narita, na província de Chiba, no Japão, após ter sido apontado como o responsável por começar o incêndio que matou a brasileira Amanda Gomes, 30 anos, na última quinta-feira (1º).
Segundo informações da NHK, agência de notícias estatal japonesa, o suspeito foi identificado como Abaseriya Patabadige Pathum Udayanga, de 31 anos, natural do Sri Lanka. Em depoimento às autoridades policiais, ele afirmou que teria “entrado em pânico” por não conseguir apagar o fogo e relatou ter deixado o local em seguida.
De acordo com a mídia japonesa, o incêndio teria começado em um cômodo de um apartamento de dois andares no bairro de Hon-Sarizuka, em Narita. O suspeito, que também moraria no local, teria percebido que o fogo estava começando no quarto, mas saiu sem apagar as chamas, fazendo com que elas se espalhassem para as paredes e o teto em seguida.
O corpo de Amanda foi encontrado com queimaduras e sinais de asfixia por fumaça entre os escombros no local, horas antes de seu voo de retorno ao Brasil que sairia do Aeroporto Internacional de Narita.
A investigação segue sob sigilo e ainda não há mais informações oficiais, mas segundo o primo da vítima, Thiago Gomes, ouvido pelo jornal Mais Goiás, há suspeitas de que ela tenha sido dopada antes da morte. Em seu quarto, alguns objetos pessoais dela foram levados, como celular, bolsa, joias e eletrônico. Mas uma bolsa foi deixada no local com documentos que ajudaram na sua identificação.
Ainda de acordo com Tiago, em seus últimos dias, Amanda teria relatado ao namorado, por mensagem, ter medo de um “homem indiano” que estava com ela.
“Ela disse que estava com um rapaz e que ele atendeu o telefone falando em língua indiana [hindi]. Até brincou dizendo: ‘Acho que ele está fazendo casinha para mim'”, disse o primo da vítima.
O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Tóquio, disse que está em contato com os familiares da brasileira, a quem presta assistência consular, e com as autoridades locais japonesas.
O Gabinete de Assuntos Internacionais do Estado de Goiás disse que a causa da morte ainda é desconhecida. A jovem era natural de Caldazinha, município da Região Metropolitana de Goiânia.
A família da brasileira buscou ajuda do governo do estado para trazer corpo de volta. Em nota, a Prefeitura de Caldazinha lamentou a morte de Amanda. O texto lembrou que ela era uma jovem cheia de sonhos, querida por todos e se solidarizou com os familiares e amigos da goiana. Com informações do jornal O Globo.