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Expointer Suspensão da vacina contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul necessita de cautela

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Para o secretário de Agricultura, Ernani Polo, o fim da vacinação contra a febre aftosa é um processo que precisa ser construído, levando em considerações características peculiares do Estado.(Foto: Marcos Eifler/ALRS)

Apesar da necessidade de avanço do status sanitário gaúcho, a suspensão da vacina contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul é vista com cautela por entidades representativas do setor. A posição foi apresentada durante audiência pública, realizada pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (17). O deputado estadual Sérgio Turra, proponente do debate, coordenou os trabalhos.
Conforme o parlamentar, a audiência foi sugerida para conhecer as opiniões sobre o tema. “Nosso objetivo não é impor um prazo para a suspensão da vacina, mas ouvir as entidades do setor sobre as possibilidades desse caminho, que deve estar no horizonte do Estado”, disse.
Para o secretário de Agricultura, Ernani Polo, o fim da vacinação contra a febre aftosa é um processo que precisa ser construído, levando em considerações características peculiares do Estado, como fronteiras, afim de diminuir eventuais riscos. “No momento em que tomarmos essa decisão, precisamos estar preparados”, afirmou. Polo ainda lembrou que a Secretaria de Agricultura está trabalhando, em conjunto com o Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codeul), em um estudo sobre a aftosa nos quatro estados do Sul do país. “Vamos divulgar esse material durante a Expointer”, informou.
O representante do Ministério da Agricultura e médico veterinário Bernardo Todeschini expôs um panorama da condição de controle da febre aftosa no Rio Grande do Sul. Segundo ele, o Rio Grande do Sul é reconhecido, atualmente, como zona livre de aftosa com vacinação. “De maneira intrínseca, quem segue vacinando seu rebanho, acredita que o vírus continua circulando. Mas, a vacinação não impede que o animal seja infectado. A fiscalização sanitária é a melhor forma de prevenção contra a aftosa.”, explicou. Todeschini recomendou que se avance na discussão, mas envolvendo toda cadeia produtiva e observando a situação atual, a tecnologia disponível, visões mercadológicas e oportunidades de negócio.
A importância de um avanço de status sanitário também foi ressaltada pelo presidente da Fundesa, Rogério Kerber. “Temos que buscar essa condição. O avanço interessa também à outras cadeias produtivas”, lembrou.
Já o vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, vê com preocupação a fala à favor da retirada da vacina, neste momento. “O produtor ainda tem uma memória negativa em relação ao episódio de 2001”, alegou. Para ele, o ideal é que o Estado siga o Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (Phefa), que possui metas e estratégias para o fim da doença na América do Sul, até 2020.
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Carmadelle, sugeriu o desenvolvimento de um programa em benefício da pecuária gaúcha. “O Rio Grande do Sul produz a melhor carne do Brasil e não temos acesso aos mercados mais exigentes e que melhor remuneram. Temos duas alternativas: nos adaptar aos requisitos desses mercados, como a suspensão da vacina, ou ampliar as ações de relações exteriores do Brasil com esses países”, declarou.
Valdecir Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), e Zilmar Moussale, diretor executivo do Sindicato das Indústria de Carne e Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sicadergs) se manifestaram contra a retirada da vacina em curto prazo. “Para isso, temos de ter segurança e estrutura que dê suporte à todos os produtores do Estado”, opinou Folador.
Ao fim do debate, Sérgio Turra encaminhou um pedido para que a Comissão de Agricultura possa acompanhar as atividades do Grupo de Trabalho da Fundesa, da Secretaria de Agricultura e Ministério da Agricultura, que desenvolve ações em torno da febre aftosa no Rio Grande do Sul. O deputado ainda ressaltou a necessidade do debate em torno do assunto continuar, para que o Rio Grande do Sul possa avançar na questão sanitária.
PRESENÇAS – Além das entidades mencionadas, participaram do debate o presidente da Assembleia Legislativa, Edson Brum (PMDB), deputado estadual Frederico Antunes (PP), deputado federal Alceu Moreira (PMDB), a coordenadora do Laboratório Nacional Agropecuário no RS, Priscila Moser, representante da Assembleia Legislativa do Paraná, Nelo Morlot, Ricardo Bohrer, presidente da Sociedade de Veterinária do Rio Grande do Sul (Sovergs) e representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) e da Associação Brasileira de Angus. (ALRS)

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