Sexta-feira, 16 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 16 de maio de 2025
A Tadalafila é vendida sem retenção de receita médica
Foto: DivulgaçãoA venda de Tadalafila cresceu 20 vezes em dez anos no Brasil. Em 2024, foram comercializadas 64 milhões de unidades do medicamento para disfunção erétil, um volume recorde.
O dado consta em um levantamento da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgado pelo portal de notícias G1. O remédio ganhou fama nas redes sociais como um recurso para “turbinar” a atividade sexual.
A Tadalafila, que está no mercado desde os anos 2000, é uma opção para substituir a Sildenafila, o popular Viagra, com ação mais prolongada e menos efeitos colaterais.
A “Tadala”, como foi apelidada pelos usuários, é vendida sem retenção de receita médica. Com o fácil acesso, as farmácias relatam vender dezenas de caixas por dia.
Segundo especialistas, estima-se que o País tenha cerca de 16 milhões de homens com disfunção erétil. A fama do remédio ajudou quem tinha a doença, mas sentia vergonha de se medicar ou buscar ajuda.
No entanto, o número de diagnósticos de disfunção erétil não cresceu a ponto de acompanhar a alta nas vendas. Com isso, médicos e psiquiatras explicam que o aumento da procura pela Tadalafila revela a insegurança de homens e a pressão pela performance no sexo.
“As pessoas não estão levando em conta a dependência psicológica que é achar que só vai conseguir ou que só vai ter um sexo bom se tomar o remédio. Estão mascarando a insegurança no sexo desde o começo da vida sexual. Isso pode favorecer uma disfunção no futuro, porque sexo também é emocional”, alertou o urologista e coordenador da Disciplina de Medicina Sexual da Sociedade Brasileira de Urologia, Eduardo Miranda.
A Tadalafila é uma substância vasodilatadora que aumenta o fluxo sanguíneo e, com isso, permite que o pênis consiga ficar ereto.