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Economia Tarifas de Trump farão economia global desacelerar, mas o FMI não vê recessão neste ano

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Para o FMI, os países também devem corrigir seus principais desequilíbrios.

Foto: Reprodução
Fundo Monetário Internacional defendeu reformas fiscais e estruturais que estimulem o crescimento liderado pelo setor privado em meio às perspectivas de desaceleração do crescimento mundial (Foto: Reprodução)

As tarifas aplicadas pelo presidente americano Donald Trump provocarão uma desaceleração da economia global, mas não se espera uma recessão neste ano, afirmou a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

“Nossas projeções de crescimento estão em queda, mas não indicam uma recessão”, explicou em seu discurso de abertura antes das reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial, que começam na terça-feira (22), quando serão apresentadas as previsões atualizadas para a economia global.

Trump estabeleceu uma tarifa mínima universal de pelo menos 10% sobre todos os produtos que entram nos Estados Unidos (EUA), em vigor desde 5 de abril, e de até 145% sobre os chineses.

“Houve mudanças bastante significativas no cenário econômico global”, reconheceu Georgieva. “Mas o que aprendi em minha carreira é que a percepção é crucial, especialmente quando se trata de alimentar a incerteza entre mercados e consumidores.”

A chefe do FMI destacou que, com os recentes aumentos de tarifas alfandegárias, pausas, escaladas e isenções, está claro que “a taxa efetiva nos EUA disparou para níveis que não eram vistos há muito tempo”.

Vários estudos estimam que a tarifa média aplicada agora nos EUA giram em torno de 20%, considerando as últimas isenções anunciadas para semicondutores e produtos eletrônicos – um patamar não alcançado há quase um século.

Tensões comerciais

As tensões comerciais entre EUA e China escalaram exponencialmente. As duas maiores potências do mundo trocam golpes, e Pequim, em retaliação, agora impõe tarifas de 125% sobre produtos americanos.

“Isso terá consequências, porque, enquanto os grandes se enfrentam, os países menores ficam no fogo cruzado. China, União Europeia e EUA são os maiores importadores”, alertou Georgieva. “O tamanho importa, e eles são capazes de causar enormes efeitos no resto do mundo.”

“Podemos cooperar”

Apesar de tudo, a líder da organização internacional vê oportunidades “desde que respondamos com inteligência”, como construir “uma economia global mais equilibrada e resiliente” a crises.

Segundo ela, isso significa que todos os países precisam “colocar suas contas em ordem”, porque “não há espaço para adiar reformas necessárias”, especialmente em um mundo “de maior incerteza e confrontado por choques frequentes”.

“Isso exige ação orçamentária decisiva para reconstruir o espaço fiscal necessário e um ajuste gradual que respeite os limites orçamentários”, insistiu. “Também é preciso compensar o fato de outros países estarem atrás dos EUA em produtividade”.

Entre as soluções defendidas pela diretora-gerente do FMI estão: “reformas ambiciosas no setor bancário, nos mercados de capitais, nas regras de concorrência, nos direitos de propriedade intelectual e adaptação aos usos da inteligência artificial”.

Para Georgieva, os países também devem corrigir seus principais desequilíbrios – em seus orçamentos, em alguns casos (como EUA e França), e em suas balanças comerciais, em outros (como China e Alemanha).

 

(Com informações do jornal O Globo)

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