Sábado, 10 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 8 de setembro de 2015
A taxa de desmatamentos no mundo caiu mais de 50% nos últimos 25 anos, segundo o estudo Global Forest Resources Assessment 2015 (Avaliação de Recursos Florestais Globais 2015, em tradução livre), da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). De acordo com dados do relatório, a taxa anual de perda florestal era de 0,18% no início dos anos 1990 e, nos últimos cinco anos, diminuiu para 0,08%.
“Ao longo dos últimos 25 anos, as florestas do mundo têm mudado das mais diversas e dinâmicas formas. Países têm um maior conhecimento dos seus recursos florestais e, como resultado, temos um quadro melhor da mudança das florestas globais”, diz o estudo.
Porém, ainda são observadas perdas florestais em níveis altos. Conforme o relatório, cerca de 129 milhões de hectáres de floresta – uma área quase equivalente em tamanho à África do Sul – se perdeu desde 1990, apesar da desaceleração que houve no desmatamento.
O documento foi apresentado na abertura da 14 edição do Congresso Florestal Mundial, que ocorre em Durban, na África do Sul, até esta sexta-feira. No lançamento, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, destacou a importância da preservação. “Florestas têm um papel fundamental no combate à pobreza rural, garantindo segurança alimentar e proporcionando meios de subsistência. E prestam serviços ambientais vitais, como ar e água limpos, conservação da biodiversidade e combatendo as mudanças climáticas.”
O diretor-geral da FAO, no entanto, acrescentou que será necessário um trabalho maior na preservação das florestas. “A mudança de direção é positiva, mas precisamos fazer mais. Não teremos sucesso em reduzir o impacto das mudanças climáticas e promover desenvolvimento sustentável se nós não preservarmos nossas florestas e usarmos sustentavelmente os muitos recursos que elas nos oferecem.”
África e América do Sul
O relatório mostra que África e América do Sul tiveram as maiores perdas anuais de florestas entre 2010 e 2015, com uma taxa de desmatamento de 2,8%, o equivalente a 2 milhões de hectares. Mas o documento apontou que a taxa de perda tem “caído substancialmente” em relação a anos anteriores a esse período. (Marcelo Brandão/ABr)