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Economia Taxa de juros a 14,75% atrapalha o País; mas não é causa, é consequência, diz o presidente do Supremo

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Ele também criticou o engessamento do Orçamento brasileiro e a proporção que as despesas obrigatórias ocupam. (Foto: Divulgação)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse que a alta taxa de juros no Brasil, a 14,75%, “atrapalha o País, mas não é uma causa, é uma consequência”. Ele também criticou o engessamento do Orçamento brasileiro e a proporção que as despesas obrigatórias ocupam, deixando pouco espaço para investimentos. O ministro falou nessa terça-feira (13) no fórum Brazil Week, realizado pelo Lide em Nova York.

“As despesas obrigatórias do Orçamento no Brasil chegam a 92%, sobram apenas 8% para investimento, ao passo que nos Estados Unidos as despesas obrigatórias são de 70%, portanto sobram 30% para investimento. Esse é um ponto que eu destacaria como muito importante pelo engessamento e das dificuldades de investimento no Brasil”, disse o ministro.

“Os Estados Unidos viveram, tal como o Brasil, um processo de desindustrialização, mas a desindustrialização no Brasil foi extremamente precoce, o que foi antes de nos tornarmos um país de renda alta e sem ainda termos conseguido entrar inteiramente na economia do conhecimento”, observou.

Sobre os juros altos no Brasil, Barroso disse que economistas entendem que a queda das taxas no País depende do controle fiscal, mas ponderou que não é a sua área.

Constituição

Barroso afirmou que o papel do Supremo é interpretar a Constituição e o faz na “medida certa”. Sua fala foi em resposta a uma afirmação do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), no evento, em que cobrou uma autocrítica dos Poderes.

“O presidente Motta conduz muito bem a Câmara dos Deputados, e o Supremo tem o seu papel de interpretar a Constituição e faz na medida adequada”, disse Barroso, a jornalistas em Nova York.

Ele afirmou que o arranjo institucional do Brasil faz com que uma “grande” quantidade de matérias chegue ao Supremo, mas as relações com os poderes são “institucionais e extremamente cordiais”.

Questionado sobre se será possível pacificar os poderes no País, Barroso não respondeu, alegando que comentaria apenas temas relacionados ao evento.

Ao falar a uma plateia de executivos e investidores, o presidente da Câmara defendeu a harmonia entre os Poderes. “Essa não é uma tarefa só do Poder Legislativo. Cada Poder tem que fazer a sua autocrítica para colaborar com essa harmonia, porque não é só um poder que vai conseguir harmonizar o país, é dialogando o Poder Legislativo, o Executivo e o Judiciário”, afirmou Motta. (Com informações do Estado de S. Paulo)

 

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