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Saúde Tecnologia “empodera” pessoas com retenção urinária

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Estima-se que mais de 350 mil pessoas convivam com a condição no Brasil. (Foto: Reprodução)

Foto: Reprodução

A retenção urinária crônica é um desafio diário para centenas de milhares de brasileiros. Entre eles está Daniela Bezerra, que viu sua vida mudar completamente após um acidente que resultou em paraplegia. Além das limitações de mobilidade, a dificuldade para esvaziar a bexiga se tornou uma preocupação constante, impactando diretamente sua rotina e qualidade de vida.

Estima-se que mais de 350 mil pessoas convivam com a condição no Brasil. Entre os pacientes com lesões na medula espinhal, cerca de 70% desenvolvem a chamada bexiga neurogênica. Apesar da alta incidência, a falta de informação adequada e o acesso restrito a soluções tecnológicas representam barreiras significativas à autonomia desses indivíduos.

O cateterismo intermitente é reconhecido como o método mais eficaz para o controle da retenção urinária crônica, pois permite esvaziar a bexiga de forma programada e segura. Contudo, o uso de cateteres convencionais ainda apresenta obstáculos, como a necessidade de lubrificação manual, o que pode aumentar o risco de infecções e dificultar o processo em ambientes sem estrutura adequada.

Para contornar essas dificuldades, a empresa Coloplast desenvolveu um cateter de poliuretano com revestimento hidrofílico, que elimina a necessidade de lubrificação manual. A inovação proporciona um procedimento mais confortável e seguro, além de contribuir para a autonomia de pacientes como Daniela, que agora conseguem realizar o cateterismo de forma prática e discreta, mesmo fora de casa.

A inclusão desse tipo de cateter no Sistema Único de Saúde (SUS) já foi recomendada, mas ainda depende de regulamentações e pactuações entre estados e municípios. A ausência de protocolos claros compromete o acesso à tecnologia e pode resultar em complicações de saúde e aumento nos custos do sistema público.

Profissionais da saúde alertam que, além dos aspectos clínicos, a retenção urinária crônica impõe desafios sociais e emocionais. Pacientes enfrentam barreiras na educação, no mercado de trabalho e na vida social. Por isso, políticas públicas voltadas à inclusão e à oferta de tratamento adequado são fundamentais para garantir dignidade e participação ativa na sociedade.

Em um cenário marcado por infecções urinárias recorrentes e impactos significativos na qualidade de vida, o acesso a soluções eficazes e seguras se torna urgente. Investir em tecnologias e políticas de inclusão é um passo essencial para promover a reinserção social e construir uma sociedade mais equitativa e acessível.

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