Por Redação O Sul | 22 de abril de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Ontem, o vice-presidente da República Michel Temer, na condição de presidente da República em exercício, resolveu ocupar o espaço da mídia internacional e falou à agência Dow Jones, acatada nos grandes mercados financeiros internacionais. Garantiu que há um perfeito funcionamento das instituições no país, como asseguram as decisões recentes do Supremo Tribunal federal. Outra prova está na interinidade de Temer na presidência da República,enquanto a presidente Dilma Rousseff se licenciou para viajar a Nova York. Temer concedeu entrevistas ainda ao Financial Times,e ao Wall Street Journal e foi enfático ao reafirmar a constitucionalidade do processo em andamento no país,referendado pelas instituições.
O placar do impeachment
A Agência Estado atualizou ontem a posição de 66,dos 81 senadores que até agora tomaram posição pública sobre o processo de impeachment: 46 a favor, e 20 contra. A maioria simples folgada assegura o afastamento da presidente Dilma Rousseff por 180 dias.
Padilha e o governo Temer
Vice-presidente nacional do PMDB,Eliseu Padilha, conhecido por ser o mais próximo interlocutor de Michel Temer – um dos poucos que chama o vice-presidente de Michel – só não aceita especular sobre o seu futuro. Mas garante que a expectativa de posse de Michel Temer está entre os dias 15 e 17 de maio,período estimado para a votação em plenário pelo Senado, do início do processo,e do afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Padilha confirma que Temer “já tem na cabeça” os nomes estratégicos para anunciar,quando tomar posse. Estes nomes seriam os ministros da Casa Civil,Fazenda,Planejamento e Justiça, dentre outros. Nos próximos dias, Temer vai reunir-se com o presidente do Senado, Renan Calheiros. Ontem, confirma Padilha, foi delegada ao presidente do partido, senador Romero Jucá, a missão de, a partir de agora, prestar informações e entrevistas à imprensa internacional sobre o andamento do processo de impeachment.
Para Lasier, solução para o PDT está na renúncia de Lupi
O senador gaúcho Lasier Martins reiterou nesta quinta-feira, que seu voto no Senado Federal, quando estiver em pauta o julgamento do impeachment da presidente Dilmna Roussef, será a favor, contrariando a posição tomada pelo seu partido, o PDT. Lasier conversou com o colunista, e reafirmou que está tranquilo, “coerente com minhas posições, voto a favor do impeachment”. Sobre a decisão de expulsar os dissidentes, defendida pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi, o senador gaúcho é bastante claro: “quem precisa ser expulso por afrontar a história do partido e de Leonel Brizola, é o Lupi, que precisa deixar a presidência, e do PDT”.
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