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Brasil Temer analisa medidas para anular depoimentos de delatores da Odebrecht

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O governo quer reforçar a tese de que Temer foi vítima de uma conspiração. (Foto: Divulgação)

A defesa do presidente Michel Temer estuda com sua equipe jurídica a possibilidade de pedir a impugnação de todos os depoimentos de delatores da empreiteira Odebrecht ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O argumento é o de que tanto a convocação de Marcelo Odebrecht como a de outros empresários pelo ministro do TSE Herman Benjamin, relator do processo que pede a cassação da chapa Dilma Rousseff-Temer, baseou-se em ato ilegal.

Para os advogados de Temer, o relator não poderia ter pedido o depoimento tendo como ponto de partida uma “prova ilícita”, que foi o vazamento da delação premiada do ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho. A delação estava sob sigilo e veio a público em dezembro do ano passado.

Na prática, a estratégia da defesa do presidente vai depender do teor do conjunto dos depoimentos. Há, nos bastidores, uma avaliação de que algumas informações dadas por delatores à Justiça Eleitoral aparecem descontextualizadas, com potencial para prejudicar Temer, que pode perder o mandato.

Marcelo Odebrecht disse, na quarta-feira (01), que o valor acertado para a campanha presidencial da chapa Dilma-Temer, em 2014, foi de R$ 150 milhões, sendo uma parte por meio de caixa 2. De acordo com ele, deste total, R$ 50 milhões eram uma contrapartida à votação da Medida Provisória do Refis, enviada ao Congresso em 2009. A MP beneficiou a Braskem, empresa controlada pela Odebrecht.

O depoimento de Marcelo agravou a situação política do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que tirou uma licença informal do cargo dias antes de se submeter, na segunda-feira (27), a uma cirurgia para retirada da próstata. Ao confirmar o relato de Melo Filho, dizendo que Temer não mencionou valores ao tratar de doação para a campanha do PMDB, em 2014, o empreiteiro apontou o dedo para Padilha.

Conforme sua versão, o pagamento de R$ 10 milhões ao PMDB foi acertado depois com Padilha, que à época era dirigente do PMDB, e não durante o jantar no Palácio do Jaburu, do qual Temer, então vice-presidente, também participou.

O ex-assessor especial da Presidência José Yunes pôs mais combustível na crise ao dizer à Procuradoria-Geral da República que serviu de “mula involuntária” de Padilha quando, em setembro de 2014, pouco depois daquele jantar, recebeu no seu escritório de advocacia, a pedido do atual ministro, um “pacote” das mãos do lobista Lúcio Funaro. Há suspeitas de que o “pacote” – retirado depois do escritório – conteria R$ 1 milhão. Funaro é operador financeiro do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ambos presos na Lava-Jato. (AE)

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