Sábado, 20 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de março de 2017
Preocupado com a repercussão internacional negativa da Operação Carne Fraca, o governo do presidente Michel Temer se mobilizou para reduzir o impacto causado pelas revelações de que frigoríficos de grande e pequeno porte pagavam propina para burlar a fiscalização de seus produtos. Foi convocada para este domingo reuniões de última hora com os ministros Blairo Maggi (Agricultura) e Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços) e representantes de empresas do ramo alimentício, cujos nomes ainda não foram divulgados.
Neste sábado (18), técnicos do Ministério da Agricultura preparam notas oficiais para enviar a embaixadores de diversos países com intuito de dirimir as dúvidas que surgiram a respeito da Carne Fraca, considerada pela Polícia Federal a maior operação da história nacional pelo número de mandados cumpridos e agentes mobilizados.
Entre os frigoríficos citados nas investigações, estão empresas pequenas e locais e gigantes do setor, como a BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, e a JBS, da Seara e Friboi, que vendem seus produtos a diversos países. As duas companhias tiveram ontem as unidades vasculhadas pela PF em mandados autorizados pela 14ª Vara Federal de Curitiba e viram as suas ações despencarem na Bolsa de Valores de São Paulo.
As autoridades europeias pediram explicações ao Brasil sobre as apurações da ação. A porta-voz de Saúde e Segurança Alimentar na Comissão Europeia, Aikaterini Apostola, disse, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que Bruxelas está acompanhando as investigações. “Estamos de fato em contato e pedindo esclarecimentos da parte das autoridades brasileiras”, afirmou.