Sábado, 22 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de junho de 2017
O presidente Michel Temer (PMDB) negou, em entrevista à revista Istoé publicada nesta sexta-feira (02), que tenha medo de uma eventual delação do seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, flagrado em vídeo correndo com uma mala com 500 mil reais. Na avaliação do presidente, o deputado suplente – que perdeu a vaga na Câmara após o retorno do ex-ministro Osmar Serraglio – é “uma pessoa decente”.
“Acho que ele é uma pessoa decente. Eu duvido que ele faça uma delação. E duvido que ele vá me denunciar. Primeiro, porque não seria verdade. Segundo, conhecendo-o, acho difícil que ele faça isso”, afirmou Temer, antes de ponderar. “Agora, nunca posso prever o que pode acontecer se eventualmente ele tiver um problema maior, e se as pessoas disserem para ele, como chegaram para o outro menino, o grampeador (Joesley): ‘Olha, você terá vantagens tais e tais se você disser isso e aquilo’.”
Embora tenha perdido a prerrogativa de foro após a perda de mandato parlamentar, Rocha Loures ainda tem seu processo correndo no STF (Supremo Tribunal Federal) devido à ligação dos fatos suspeitos ao presidente. Questionado sobre a mala de dinheiro que seu ex-assessor carregava, Temer afirmou achar “surpreendente” e até uma “ingenuidade suprema”
“Não sei a que atribuir isso, se atribuo à ingenuidade suprema, porque o sujeito pegou uma mala numa pizzaria”, disse. Segundo a revistas, o presidente mandou instalar em seu gabinete aparelhos que podem identificar possíveis grampos.
Mesmo após conversas de alas do PSDB pedindo a saída do partido da base aliada, Temer negou que esteja perdendo apoio. “Não estou perdendo apoio. O que eu vejo é muito achismo. E achismo no sentido de que o governo paralisou, o País não vai para frente”, afirmou o peemedebista.