Quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de maio de 2017
Em pronunciamento no Palácio do Planalto nesse sábado, o presidente Michel Temer disse que a gravação de sua conversa com Joesley Batista, um dos donos da JBS, foi “manipulada e adulterada” com “objetivos nitidamente subterrâneos”.
Em seu segundo discurso após o jornal O Globo revelar que, em delação, Joesley disse que o presidente deu aval para uma operação de compra de silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, Temer citou perícias que constataram edições no áudio de seu diálogo com Joesley.
Temer citou ainda os ganhos da JBS no mercado de câmbio, após comprar uma grande quantidade de dólares antes da delação ser revelada. Com a grave crise política que se instarou no País, o real caiu e o dólar se valorizou. “Graças a essa gravação fraudulenta e manipulada, especulou contra a moeda nacional”, disse sobre Joesley Barista e outros executivos da JBS.
“Quebraram o Brasil e ficaram ricos”, continuou.
O presidente disse também que está entrando com uma petição no Supremo para suspender o inquérito do qual é alvo “até que seja verificada a autenticidade da gravação”. Antes de terminar sua fala, Temer descartou a hipótese de renunciar ao cargo: “continuarei à frente do governo”.
Após a delação ser divulgada pelo jornal, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, autorizou um pedido da Procuradoria-Geral da República, e com isso Temer passou à condição de investigado na operação.