Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 17 de abril de 2017
O presidente Michel Temer admitiu, mais uma vez, que a reforma que deve ser apresentada pela relator não será para durar 30 ou 40 anos, como o governo pretendia originalmente, mas disse que é necessário negociar com o Congresso e isso não significa um recuo. “Autorizamos o relator a fazer ajustes socialmente adequados. Fomos adaptando a reforma da Previdência”, disse Temer.
“Acordão”
Temer também nego as informações de que estaria negociando com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso um acordo para tentar minimizar os efeitos da Lava Jato e “salvar a política”. De acordo com o presidente, a única conversa que teve com os antecessores foi depois da morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, em que Lula teria sugerido uma reforma política.
“Fazer um acordão para solucionar os problemas que hoje estão entregues ao Poder Judiciário é absolutamente inviável. Não participo e não promovo”, afirmou, dizendo que uma conversa entre os três só seria viável sobre a reforma política.
O presidente também disse que também não concorda com uma nova constituinte, da forma proposta por alguns movimentos. Segundo Temer, levaria-se muito tempo e causaria mais tumulto no país, a não ser que fosse feita apenas para tratar de uma reforma política e de uma reforma tributária, já que a reforma política terá que sair “inevitavelmente”.
“Tenho temor de uma nova Constituinte. Uma nova constituinte causaria um tumulto em um momento que as instituições estão funcionando adequadamente”, disse.