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Brasil Temer faz ofensiva contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após a prisão do ex-deputado da mala

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Para assessores de Temer, Janot (foto) e o ministro do STF Edson Fachin têm agido em uma espécie de "dobradinha" para fechar o cerco a Temer. (Foto: Reprodução)

Com o aval de Michel Temer, a sua defesa desferiu ataques públicos contra o Ministério Público Federal neste domingo (04) para blindar o presidente do impacto político que a prisão do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pode surtir sobre o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O ex-parlamentar foi flagrado com uma mala com R$ 500 mil em propina.

Gestado há alguns dias nos bastidores e tornado público após a prisão de Loures, o discurso é o de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, atua com intenções políticas e tenta “constranger” a Justiça Eleitoral a condenar o presidente no julgamento da chapa Dilma-Temer, que será retomado nesta terça-feira (06).

“Temos indicativos de que virão movimentos e iniciativas de Janot às vésperas do julgamento do TSE na tentativa de constranger o tribunal a condenar o presidente”, afirmou o advogado Gustavo Guedes, responsável pela defesa de Temer no TSE. “Nos preocupa muito o procurador-geral da República se valer de toda a estrutura que tem para tentar constranger um tribunal superior.”

A estratégia foi sacramentada horas depois da detenção de Loures, em uma reunião entre Temer e seus auxiliares no Palácio do Jaburu, na noite de sábado (03). A preocupação é a de que o ex-deputado possa negociar um acordo de delação que implique o presidente, o que aceleraria ainda mais o que integrantes do governo consideram ser uma escalada da PGR e de integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) contra o Planalto.

Para assessores de Temer, Janot e o ministro do STF Edson Fachin, relator da Lava-Jato na Corte, têm agido em uma espécie de “dobradinha” para fechar o cerco a Temer, alvo de um inquérito por obstrução de Justiça, corrupção e formação de organização criminosa com base na delação da JBS, que também compromete Loures.

Segundo Gustavo Guedes, há pelo menos dois fatores que indicam o viés de Janot. O atraso no envio das perguntas pela Polícia Federal para que Temer preste depoimento por escrito no inquérito decorrente da delação da JBS e as informações que, ainda de acordo com o advogado, chegaram ao Planalto de que há na Procuradoria outras gravações contra o presidente.

“Essas gravações viriam a ser divulgadas entre hoje [domingo] e amanhã [segunda] na tentativa de constranger o TSE”, disse Guedes. “Isso é um aparente armazenamento tático de gravações, ou seja, quando não se usa o material ao ter conhecimento dele, mas só quando há interesse em utilizá-lo”, completou o advogado. Janot não quis se manifestar sobre as declarações.

Um dos principais auxiliares de Temer, o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) não personificou críticas, mas afirmou que é preciso “não incorrer no erro de politizar o que é judicial ou judicializar o que é político”. Até o fim da semana passada, o governo acreditava que havia um cenário favorável para a absolvição da chapa no plenário do TSE, por 4 votos a 3. No entanto, após a prisão de Loures, a avaliação é que o impacto político pode levar o resultado a ser diferente. (Folhapress)

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