Brasil Donald Trump elogiou a economia do Brasil, disse Michel Temer em encontro do G20

No microblog, Temer disse que propôs a Trump uma aproximação entre empresários brasileiros e norte-americanos. “Ele [Trump] gostou da ideia”, afirmou o peemedebista. “O presidente Donald Trump elogiou o desempenho da economia brasileira e reforçou que o Brasil está indo muito bem”, declarou Temer.

Depois de participar do G20, Temer embarcou de volta a Brasília neste sábado. O avião com o presidente decolou às 12h25min locais (7h25min em Brasília). Temer perdeu, com isso, a última sessão com os demais líderes, incluindo Trump e o presidente francês Emmanuel Macron. Ele também não acompanhou a emissão do comunicado conjunto, que é o tradicional documento do fim da cúpula.

O peemedebista disse à imprensa, ainda na Alemanha, que volta ao Brasil “tranquilíssimo”, fazendo sinal de positivo com o polegar. “Vou continuar trabalhando pelo País, fazer a economia crescer como está crescendo, sem nenhum problema, e fazendo com que todos fiquem em paz”, concluiu.

“Crise econômica no Brasil não existe. Pode levantar os dados e você verá que estamos crescendo no emprego, estamos crescendo na indústria, estamos crescendo no agronegócio”, afirmou Temer na sexta-feira  em Hamburgo.

Gafe

Na sexta-feira, Temer cometeu uma gafe em um vídeo divulgado no Twitter. Na filmagem, o presidente da República afirmou que o governo tem feito “voltar o desemprego”. “Eu pude fazer um relato do que estamos fazendo no Brasil, gerando, exatamente, inflação baixa, reduzindo os juros, fazendo voltar o desemprego e combatendo a recessão”, disse o presidente no vídeo em que resume o que fez durante o dia na Alemanha.

Crise política

Na volta ao Brasil, o peemedebista terá de retomar os esforços para barrar o avanço da denúncia que pode afastá-lo do Palácio do Planalto. O tema está sob análise da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados. Cabe aos parlamentares autorizar o STF (Supremo Tribunal Federal) a abrir processo criminal contra o presidente.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) acusa o chefe do Executivo de ter praticado corrupção passiva com base nas delações dos donos e executivos da holding J&F, controladora do grupo JBS. Nesta semana, cresceu o movimento dentro do PSDB, um dos principais partidos da base de Temer, de desembarque do governo. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) disse que a legenda paga um preço “altíssimo” ao manter apoio ao presidente “mais impopular da história”.