Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 12 de abril de 2016
A família do presidente argentino Mauricio Macri está vinculada a uma terceira empresa constituída em um paraíso fiscal, aponta a investigação internacional “Panama Papers”.
A companhia ficou conhecida nesta segunda-feira (11) em depoimento do jornalista do “La Nación” Hugo Alconada Mon à Justiça. Ele é um dos profissionais que conduzem a investigação, baseada em mais de 11 milhões de documentos do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, no país.
Ao contrário dos casos anteriores, o nome do presidente não aparece nos documentos da offshore Macri Group Panama. A empresa foi registrada em maio de 2010 e, quatro meses depois, teve seu nome alterado para Metro Consulting PTY.
Segundo o “La Nación”, também foi encontrada uma autorização de 2011 da companhia para a abertura de uma conta bancária na Suíça.
Entre os primeiros diretores do Macri Group Panama figuram pessoas próximas a Franco Macri, pai do mandatário. O italiano Carlo Luigi Cappelli Abelli, por exemplo, foi presidente de uma sociedade que gerenciava uma linha férrea do país e que tinha Franco como dono de parte das ações.
O depoimento do jornalista do “La Nación” faz parte das investigações abertas pela Justiça que analisam se Macri escondeu de propósito que havia sido nomeado diretor de uma offshore.
O caso foi denunciado pelo “Panama Papers” em 3 de abril. No dia seguinte, foi descoberto que o presidente fora diretor de uma segunda offshore, dessa vez criada no Panamá.
A Casa Rosada afirmou que Macri nunca citou as offshores em suas declarações de bens por não ter parte na sociedade nem haver recebido pagamentos delas. (Folhapress)