Segunda-feira, 29 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de junho de 2016
Começam a ser ouvidos nesta segunda-feira (13) as testemunhas de acusação no processo que envolve o marqueteiro do PT João Santana e a esposa dele, Mônica Moura. A ação penal é relacionada a 23ª fase da operação Lava-Jato, chamada de Acarajé e apura pagamentos ilegais no exterior e também mira a empreiteira Odebrecht.
Ao todo, oito investigados se tornaram réus no processo. Neste inquérito o MPF (Ministério Público Federal) indicou dez testemunhas, entre elas dois delatores da Lava-Jato: o empreiteiro da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa e o lobista Milton Pascowitch.
A denúncia trata de pagamentos de propina pela empresa Keppel Fells, com valores desviados de contratos de quatro plataformas da Petrobras e de um estaleiro da Sete Brasil. As movimentações eram feitas pelo operador financeiro Zwi Skornicki, também réu no processo.
Os investigadores identificaram o pagamento de pelo menos 200 milhões de dólares em propina envolvendo 14 atos de corrupção e 12 de lavagem de dinheiro. De acordo com a denúncia, 30 milhões de dólares foram para a gerência de serviços da Petrobras, comandada por Renato Duque.
Os investigadores ainda esclareceram que 50% desse valor foi destinado para o Partido dos Trabalhadores e o restante para funcionários da Petrobras.
A Força Tarefa da Lava-Jato esclareceu ainda que o casal, João Santana e Mônica Moura, também receberam parte dessa propina, sendo que os valores eram retirados do montante que cabia ao PT. Os acusados respondem pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.